Fenomenologia estrutural em dependências químicas


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Sana25.09.2017
Hajmi445 b.
#16464


FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL EM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS

  • FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL EM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS

  • GUILHERME MESSAS

  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOPATOLOGIA FENÔMENO-ESTRUTURAL






CATEGORIAS BÁSICAS DA CONSCIÊNCIA

  • CATEGORIAS BÁSICAS DA CONSCIÊNCIA

  • TEMPORALIDADE

  • ESPACIALIDADE

  • INTERPESSOALIDADE

  • EXPERIÊNCIA DO EU

  • MATERIALIDADE (CORPOREIDADE)



CATEGORIAS BÁSICAS

  • CATEGORIAS BÁSICAS

  • VIVÊNCIA E ESTRUTURA

  • FENÔMENO E SINTOMA

  • VIVIDO E VIVENCIADO



OS TRANSTORNOS FUNDAMENTAIS

  • OS TRANSTORNOS FUNDAMENTAIS

  • I. DEPRESSÃO MELANCÓLICA

  • Temporalidade (Minkowski,Straus,von Gebsattel)

  • Paralisação da temporalidade, com predomínio do passado

  • Espacialidade (Tellenbach)

  • Perda da disponibilidade-à-mão do objeto



Minkowski (1995) – geometrização da temporalidade

  • Minkowski (1995) – geometrização da temporalidade

  • Binswanger (1992) – desproporção antropológica com individualização dos quadros

  • Blankenburg (1971)– perda da evidência natural



MÉTODO

  • MÉTODO

  • RESSONÂNCIA EMPÁTICA

  • BUSCA PELAS ESTRUTURAS DA CONSCIÊNCIA, EVIDENCIADAS PELA INTUIÇÃO(INVESTIGAÇÃO IMAGÉTICA)

  • PRIVILÉGIO ONTOLÓGICO E HEURÍSTICO DA ESTRUTURA SOBRE A GÊNESE

  • PSICOPATOLOGIA AUTORAL





AS EXPRESSÕES DE DIONÍSIO

  • AS EXPRESSÕES DE DIONÍSIO

  • EMBRIAGUEZ

  • DEPENDÊNCIA

  • TOXICOMANIA

  • ABUSO

  • VÍCIO

  • USO CULTURAL

























A EXPERIÊNCIA VIVIDA DA EMBRIAGUEZ

  • A EXPERIÊNCIA VIVIDA DA EMBRIAGUEZ

  • O MODO COMO A CONSCIÊNCIA INCORPORA O ESTADO DE EMBRIAGUEZ AO LONGO DO TEMPO(relativa independência individual em relação à substância intoxicante)



Hans Binder “Do estado de embriaguez alcoólica” (1979)

  • Hans Binder “Do estado de embriaguez alcoólica” (1979)

  • Daniel Lagache

  • Jürg Zutt

  • Francisco Alonso-Fernández

  • Rudolf Bilz

  • Carol Sonenreich

  • J. Barthélémy

  • Guilherme Messas



TRÊS NÍVEIS IDEAIS (EM GRAU CRESCENTE DE REDUÇÃO DAS POTÊNCIAS INDIVIDUAIS HISTÓRICAS)

  • TRÊS NÍVEIS IDEAIS (EM GRAU CRESCENTE DE REDUÇÃO DAS POTÊNCIAS INDIVIDUAIS HISTÓRICAS)

  • A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA NA NATUREZA

  • NO COLETIVO SOCIAL

  • III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA NO MITO

  • NA NATUREZA



  • FORMA HABITUAL DA ESTRUTURA DA CONSCIÊNCIA, EM CONSTANTE EXPANSÃO NO TEMPO E NO ESPAÇO



EXALTAÇÃO DOS TRAÇOS TEMPORAIS E ESPACIAIS TÍPICOS DA PERSONALIDADE

  • EXALTAÇÃO DOS TRAÇOS TEMPORAIS E ESPACIAIS TÍPICOS DA PERSONALIDADE

  • EMBRIAGUEZ COMO ESTÍMULO POTENCIADOR DO DEVIR BIOGRÁFICO

  • O MODELO CLÁSSICO DA MEDICINA



TEMPORALIDADE – tendência de redução ao presente vivido, com a manutenção da “melodia” da realidade

  • TEMPORALIDADE – tendência de redução ao presente vivido, com a manutenção da “melodia” da realidade

  • ESPACIALIDADE – afastamento ou aproximação excessivos com a realidade



TEMPORALIDADE – fragmentação da “melodia” da realidade

  • TEMPORALIDADE – fragmentação da “melodia” da realidade

  • ESPACIALIDADE – adesão completa à espacialidade bruta imediata, com relação objetal abiográfica



PERSPECTIVA OBJETAL

  • PERSPECTIVA OBJETAL

  • PERSPECTIVA DO OBSERVADOR



I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • Entusiasmo, vigor, otimismo, relaxamento, paciência, acurácia



II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • Alteração desproporcional (para mais ou para menos) da participação das forças da consciência mais diretamente ligadas ao presente imediato – hedonismo ou escapismo, com a manutenção da relações objetais habituais



TEMPORALIDADE

  • TEMPORALIDADE

  • Redução das responsabilidades com o entorno imediato, com o adquirido ao longo do tempo e com os próprios projetos de vida

  • A mentira patológica (Sonenreich)

  • A volubilidade

  • O fracasso



ESPACIALIDADE

  • ESPACIALIDADE

  • - Elevação da participação da corporeidade vivida (impulsos e instintos; dimensão humoral da consciência)

  • - Redução da mesma: esvaziamento afetivo

  • - Elevação da participação da realidade social vivida (Zutt, 1963)



ESPACIALIDADE

  • ESPACIALIDADE

  • Momento extremo

  • A CORPORIFICAÇÃO VEGETATIVA DO SER: A “ABSTINÊNCIA”



FORMAS PSICÓTICAS

  • FORMAS PSICÓTICAS

  • Delírios de interpretação:

  • CIÚME PATOLÓGICO

  • DELIRIOS PERSECUTÓRIOS TRANSITÓRIOS OU DEFINITIVOS



FORMA DELIRANTE DE TRANSIÇÃO

  • FORMA DELIRANTE DE TRANSIÇÃO

  • Alucinose alcoólica

  • Bilz (1956): “No geral pode-se afirmar que a região em que atua a alucinose alcoólica não é a família, mas a Polis” (p.407)



TEMPORALIDADE

  • TEMPORALIDADE

  • 1. Encarceramento no estado de presente

  • Demências

  • 2. Aniquilação da temporalidade

  • Confusões mentais



ESPACIALIDADE

  • ESPACIALIDADE

  • 1.Entorno imediato como único ancoradouro possível

  • Demências

  • 2. Perda da objetalidade - agressividade sem objeto; medo sem objeto; instabilidade humoral

  • 3. Predomínio das instâncias naturais – sensibilização e convulsões



FORMAS PSICÓTICAS

  • FORMAS PSICÓTICAS

  • 1.Colapso na eternidade vivida (as figuras mitológicas)

  • 2. Degradação da realidade vivida

  • ilusões (delirium tremens)

  • FORMAS INSTÁVEIS E MONSTRUOSAS

  • 3. A fusão com o natural: intrafestum (Kimura)

  • 4. A aniquilação (Binder, Di Petta)



I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • COMPREENSÍVEL E INTERPESSOAL

  • II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • COMPREENSÍVEL MAS POUCO INTERPESSOAL

  • III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA

  • INCOMPREENSÍVEL, ESCASSAMENTE INTERPESSOAL



GRADUAL REDUÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROFUNDAS DO INDIVÍDUO NO SENTIDO DA ASSIMILAÇÃO PELO COLETIVO, PELA NATUREZA E PELO MITOLÓGICO, ATÉ O EXTREMO DA DEGRADAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE QUALQUER REALIDADE

  • GRADUAL REDUÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROFUNDAS DO INDIVÍDUO NO SENTIDO DA ASSIMILAÇÃO PELO COLETIVO, PELA NATUREZA E PELO MITOLÓGICO, ATÉ O EXTREMO DA DEGRADAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE QUALQUER REALIDADE



O PATOLÓGICO SE DÁ PELA DESPROPORÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E AS INSTÂNCIAS ACIMA MENCIONADAS. COM EXCEÇÃO DA ÚLTIMA, TODAS AS DEMAIS SÃO MOMENTOS NATURALMENTE CONSTITUTIVOS E FUNDAMENTAIS DA EXPERIÊNCIA HUMANA

  • O PATOLÓGICO SE DÁ PELA DESPROPORÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E AS INSTÂNCIAS ACIMA MENCIONADAS. COM EXCEÇÃO DA ÚLTIMA, TODAS AS DEMAIS SÃO MOMENTOS NATURALMENTE CONSTITUTIVOS E FUNDAMENTAIS DA EXPERIÊNCIA HUMANA



CONSEQUENTEMENTE, A PATOLOGIA NÃO SE ENCONTRA NA EMBRIAGUEZ PROPRIAMENTE DITA, MAS NA IMPOSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO A PARTIR DA DIALÉTICA COM SEUS CONTITUINTES ESSENCIAIS. NESTE SENTIDO, HÁ UMA ENORME ZONA DE SOBREPOSIÇÃO ENTRE OS FENÔMENOS DA EMBRIAGUEZ E OS DA PSICOPATOLOGIA EM SENTIDO GERAL.

  • CONSEQUENTEMENTE, A PATOLOGIA NÃO SE ENCONTRA NA EMBRIAGUEZ PROPRIAMENTE DITA, MAS NA IMPOSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO A PARTIR DA DIALÉTICA COM SEUS CONTITUINTES ESSENCIAIS. NESTE SENTIDO, HÁ UMA ENORME ZONA DE SOBREPOSIÇÃO ENTRE OS FENÔMENOS DA EMBRIAGUEZ E OS DA PSICOPATOLOGIA EM SENTIDO GERAL.



A CIRCULARIDADE GENÉTICA

  • A CIRCULARIDADE GENÉTICA

  • As formas examinadas podem anteceder o hábito de embriaguez, facilitando-o, assim como podem ser por ele provocadas. Apenas o caso singular permite uma identificação do sentido principal da causalidade eficiente.



As formas podem suceder-se no tempo ou atuar simultaneamente, em relações circulares de retroalimentação ora positivas ora negativas. Esta afirmação também é válida para a dimensão da interpessoalidade

  • As formas podem suceder-se no tempo ou atuar simultaneamente, em relações circulares de retroalimentação ora positivas ora negativas. Esta afirmação também é válida para a dimensão da interpessoalidade



EXTREMA COMPLEXIDADE

  • EXTREMA COMPLEXIDADE

  • INDIVIDUALIZADA DE ACORDO COM A CONFIGURAÇÃO ESTRUTURAL INSTANTÂNEA PREDOMINANTE



Os elementos terapêuticos

  • Os elementos terapêuticos

  • INTERPESSOALIDADE DUAL

  • INTERPESSOALIDADE GRUPAL

  • FARMACOLOGIA

  • SIMULTANEIDADE INEVITÁVEL



INTERPESSOALIDADE DUAL

  • INTERPESSOALIDADE DUAL

  • Operante nos casos onde haja abertura à intimidade dual e, consequentemente, maior tolerância às dificuldades inerentes à construção biográfica

  • Muitas vezes inconveniente e ineficaz



INTERPESSOALIDADE GRUPAL

  • INTERPESSOALIDADE GRUPAL

  • Fundamental nos casos onde haja predominância da tendência de assimilação do indivíduo ao social coletivo



FARMACOTERAPIA

  • FARMACOTERAPIA

  • Importante para controle das instâncias naturais da embriaguez, com baixa eficácia devido à complexidade da participação do elemento natural

  • Imprescindível na eliminação da dissolução da estrutura individual



APROVEITAR AS TENDÊNCIAS PRÓPRIAS DA DIALÉTICA DA EMBRIAGUEZ PARA INSTRODUZIR A MELHOR TERAPÊUTICA. A NÃO OBSERVAÇÃO DESTE PRINCÍPIO COSTUMA LEVAR AO FRACASSO TERAPÊUTICO

  • APROVEITAR AS TENDÊNCIAS PRÓPRIAS DA DIALÉTICA DA EMBRIAGUEZ PARA INSTRODUZIR A MELHOR TERAPÊUTICA. A NÃO OBSERVAÇÃO DESTE PRINCÍPIO COSTUMA LEVAR AO FRACASSO TERAPÊUTICO





  • Do estado de embriaguez alcoólica” (1979)

  • “...uma divisão natural que se apóie nas diversas estruturas das formas de embriaguez só é possível se partir de um fator psíquico global, a saber, o estado de consciência da embriaguez. Uma embriaguez é uma mudança viviencial total...cada sintoma é “articulado” nas “cores” específicas da mudança total.” (p.168)



AS FORMAS DO ESTADO DE EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA

  • AS FORMAS DO ESTADO DE EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA

  • A EMBRIAGUEZ NORMAL

  • A EMBRIAGUEZ ANORMAL

  • a- embriaguez complicada (quantitativa)

  • b- embriaguez patológica (qualitativa)

  • b1rebaixamento de consciência

  • b2forma delirante



“Uma característica essencial da embriaguez simples é a moderação da excitação alcoólica” (p.177)

  • “Uma característica essencial da embriaguez simples é a moderação da excitação alcoólica” (p.177)

  • “Destaca-se o fato de que a excitação pelo álcool faz-se notar apenas na sensibilidade sensorial, no afeto de base e na estimulação, ou seja, apenas nas funções pertencentes às camadas primitivas e vitais do psiquismo” (p.177)



EMBRIAGUEZ COMPLICADA

  • EMBRIAGUEZ COMPLICADA

  • “O diagnóstico diferencial entre embriaguez simples e complicada orienta-se sempre na força e duração da excitação vital alcoogênica; caso atinja esta um tal grau ... que certos atos do embriagado sejam completamente estranhos à sua personalidade sóbria, trata-se de uma embriaguez complicada” (p.187)



A COMPREENSIVIDADE

  • A COMPREENSIVIDADE

  • “...essas vivências estranhas à personalidade, no entanto, mantém-se totalmente ligadas ao meio ambiente e são motivadas de modo empatizável” (p.188)

  • “...estes delírios têm uma natureza fugaz e permanecem mais sobre o fundo das vivências.” (p.190): paranóides ou interpretativos



INCOMPREENSIVIDADE PARA O OBSERVADOR

  • INCOMPREENSIVIDADE PARA O OBSERVADOR

  • b1- com rebaixamento de consciência

  • “..surgem tendências mais primitivas...excitações instintuais que são as marcas características da instintualidade pura, não direcionada a nenhum objeto determinado do mundo circundante...Trata-se de tendências agressivas, defensivas ou de fuga “cegas”, ou expressões de impulso sexual primitivo,não voltado a nenhum objeto” (p.198)



b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • “...não as relações lógico-racionais da vigília, mas as puramente associativas, simbólicas ou puramente determinada pelos afetos, típica dos sonhos. O que falta na embriaguez de rebaixamento de consciência é a relação da vivência com o mundo circundante, a sintonização com a situação real, mas não a relação interna da vivência em si mesma” (p.199)



b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • “As idéias delirantes... são mais fantásticas e impossíveis do que na complicada e levam frequentemente a um desconhecimento da situação global...” (p.200)

  • Delírios massivos de perseguição, sem clara determinação objetal



b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • b1-com rebaixamento de consciência (cont.)

  • Bilz (1956): “No geral pode-se afirmar que a região em que atua a alucinose alcoólica não é a família, mas a Polis” (p.407)



b2-forma delirante

  • b2-forma delirante

  • “A característica fundamental da embriaguez delirante, a falta de conexão (de sentido), evidencia-se em que não se pode, como na embriaguez de rebaixamento de consciência, assistir nem mesmo a um conseqüente desenvolvimento de uma pura ativação instintual...” (p.206)

  • A fragmentação completa da vivência



b2-forma delirante

  • b2-forma delirante

  • “Não pode haver nenhuma genuína embriaguez patológica sem a presença de massivas ilusões dos sentidos” (p.207)

  • Escassa presença de idéias delirantes



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