Como aplicar e quais são as vantagens da Assistência a Tosse nas Doenças Neuromusculares?
DOENÇA NEUROMUSCULAR Manual ou Mecânica Função Bulbar Prognóstico
Fisiologia da Eficiência da Tosse Aplicada à Doença Neuromuscular Uma tosse normal necessita uma inspiração pré-tosse de 85 a 90% da CPT Pressões intrapleurais de até 140 mmHg são geradas pela contração de musculatura abdominal e intercostal contra a glote encerrada O movimento de fechamento / abertura glóticos se dá em ± 0,2 s Os Picos de Fluxo de Tosse gerados vão de 360 - 1200 L/min em normais (explosivo) Volume expiratório total da tosse: 2.3 ± 0,5 L
Cuidados não invasivos com a Musculatura Respiratória - Musculatura Inspiratória e Bulbar
- Ventilação mecânica não invasiva
- Capacidade de insuflação máxima
- Respiração glossofaríngea
- Musculatura Expiratória e Bulbar
- Tosse manualmente assistida
- Tosse mecanicamente assistida
MUSCULATURA INSPIRATÓRIA e BULBAR Respiração glossofaríngea (RGF) - Foi descrita pela primeira vez, em 1951, por Dail, que observou esta forma de respiração em 10 pacientes com poliomielite.
- Dail descreveu a técnica como o engolir de ar produzido por um movimento “em pistão” dos lábios, boca, faringe, língua, palato mole e laringe para dentro dos pulmões.
- A hipótese mais aceita é de que esta forma de respiração permanece impressa na memória humana como um resquício da fase anfíbia na embriogênese.
PICO DE FLUXO DA TOSSE: PFT ESPONTÂNEO = 140L/min PFT PÓS-RESPIRAÇÃO GLOSSOFARÍNGEA = 330L/min
A curva fluxo volume da Respiração Glossofaríngea
MUSCULATURA INSPIRATÓRIA e BULBAR Respiração glossofaríngea (RGF) Objetivos: - Aumentar o tempo livre de ventilação
- em pacientes com CV < 400ml
- Incrementar a voz facilitando chamar ajuda
- Aumentar a eficiência da tosse
- Prevenir atelectasias
- Avaliar toda a musculatura “do pistão”:
- lábios, boca, faringe, língua, palato mole e laringe
- Aumentar a complacência do sistema respiratório
- Aumentar a CV, CRF e a ventilação alveolar
MUSCULATURA INSPIRATÓRIA e BULBAR - Capacidade de insuflação máxima (CIM) - Definição: Máximo volume de ar retido nos pulmões com a glote fechada
- Técnica do empilhamento aéreo: 3 a 4 vezes 500ml
- 10 a 15 vezes em 3 a 4 sessões diárias
- Amplitude de movimento da caixa torácica
- Avalia a integridade da musculatura bulbar (CIM – CV)
- Indicações:
- CV menor que 70% do previsto
- Em torno de 2000ml
- Quando o aprendizado da técnica for possível
PICO DE FLUXO DA TOSSE: PFT espontâneo = 200litros/min PFT assistido = 330litros/min
Características do Ambu para realização da técnica de Capacidade de Insuflação Máxima
- Risco de Complicações Respiratórias
- PFT > 270 l/min = Tosse eficaz (risco baixo)
- PFT < 160 e > 270 l/min (risco moderado)
-
- PFT < 160 l/min = Tosse ineficaz (risco elevado)
Aparelho de Tosse Mecanicamente Assistida M I-E
APARELHO DE TOSSE APARELHO DE TOSSE MECANICAMENTE ASSISTIDA (TMA) - Tecnologia da década de 50
- Retornou ao mercado nos EUA em 1993
- Pressão positiva alternada com pressão negativa
- Normalmente operado de + 40 a – 40 cmH2O
- Mais eficiente que a tosse manual e a sondagem
- “Nunca esquecer do golpe abdominal”
- Inconveniente no nosso meio: alto custo
TOSSE MECANICAMENTE ASSISTIDA VS. SONDAGEM ÀS CEGAS DO PULMÃO A insuflação-exsuflação mecânica (MI-E) pode fornecer 600 L/min de fluxo expiratório diretamente aplicado à via aérea Evita traumatismos e broncoespasmos relacionados com a sondagem dos pulmões Aspira ambos os pulmões simultaneamente com maior eficiêcia Apenas 5-15% das aspirações traqueais são do pulmão esquerdo Pode ser utilizada em todas as DNMs com função bulbar OK A MI-E é ineficiente pela via aérea superior quando há instabilidade glótica durante a exsuflação ELA bulbar avançada Crianças que não cooperam
Eficiência da Insuflação-Exsuflação Mecânica em Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica
Insuflação – Exsuflação Mecânica O aparelho de tosse está fortemente recomendado na Distrofia de Duchenne. e em outras DNM lentamente progressivas sem envolvimento bulbar severo. Sempre que o PFT foi > 160 L/min há possibilidade de decanulação e cuidados não invasivos com a musculatura respiratória. Pacientes com PFT, assistido ou não, < 160 L/min não devem ser decanulados.
Contra indicação Não utilizar o aparelho de tosse mecânica com Oxigênio suplementar
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