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1838 — Os revolucionários de salvador, dirigidos por sérgio Veloso, atacam pela segunda vez a posição de Cajazeira (ver o dia anterior) e são repelidos pelo tenente-coronel alexandre Gomes de argolo ferrão (depois general e barão de Cajaíba), que comandava uma brigada, composta dos 1 o , 2 o e 4
o batalhões provisórios (guardas nacionais e voluntários). Os insurgentes tiveram 300 mortos e feridos (entre os primeiros, um tenente-coronel e um major) e perderam uma peça, assim como as posições de Gesteira, José marques e Camilo. O juiz de direito francisco Gonçalves martins (depois senador e visconde de são lourenço) esteve no fogo, ao lado de argolo. dos legalistas, ficaram mortos ou feridos 80 (dois capitães e um alferes mortos) (ver o dia seguinte).
dona Teresa Cristina à província de São Paulo. Neste dia, desembarcam em santos, vindos do rio Grande do sul e de santa Catarina, na esquadra comandada por Grenfell. 1852 — Entrada triunfal do exército aliado na cidade de buenos Aires, depois da batalha de Monte Caseros, que pôs termo à longa ditadura do general rosas. desse exército fazia parte uma divisão de quatro mil brasileiros (ver 3 de fevereiro), sob o comando do general marques de sousa, depois conde de Porto alegre. “Neste dia”, escreveu sarmiento, “buenos aires esteve sublime. Era um monumento da grandeza humana, evocada dentre o sangue e as ruínas... O triunfo chegou à praça, onde, na frontaria grega da catedral, se tinha levantado uma arquibancada, para dar assento a 800 senhoras das mais distintas. Os vivas ao general, ao libertador, eram cordiais, entusiásticos, incessantes; porém, a fatal questão de gosto, capitalíssima onde há mulheres elegantes, diminuía a seriedade dos sentimentos. Passaram batalhões de buenos aires com os chiripás e os camisas vermelhas, desalinhados, e fatigantes, pela monotonia desta cor, tão ofensiva à vista. deus fez verdes as folhas das árvores; se as houvesse feito vermelhas,
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ter-nos-ia dado outra espécie de olhos. Chegaram os batalhões orientais, precedidos pelo coronel Cesar diaz, vestidos com gosto e rodeados de um pequeno Estado-maior de jovens elegantes. Desfilaram aqueles batalhões, com calças, casaca e quepe manufaturados em Paris, de cores escuras com todo o equipamento das tropas europeias, e um movimento de prazer, de felicidade e de entusiasmo novo irrompeu de todas as partes, em trânsito. Viam afinal tropas decentes – esta era a palavra –, e na lembrança das matronas evocava-se a memória dos nossos antigos exércitos, dos veteranos da guerra do brasil, daqueles terríveis couraceiros de lavalle, daqueles penachos, barretinas, cordões e medalhas dos heróis de cem batalhas. Chegaram os brasileiros, e então o sentimento público se exaltou por outra causa. O general mancilla, por sentimento malcabido naquelas circunstâncias, tinha feito indicar ao general vencedor que não entrassem os brasileiros na cidade, para não a humilhar; o próprio general Urquiza tinha tratado de diminuir a parte de glória que lhes coube em Caseros. Os brasileiros queixavam-se, e o povo quis dar-lhes satisfação. a todos os navios no porto tinham sido pedidas bandeiras brasileiras, que foram colocadas nas ruas, e a aparição do general marques de sousa, tão jovem, tão culto, tão simpático, foi o sinal de nova recrudescência de entusiasmo. Encontrei depois esse meu digno amigo perto da recoleta, voltando com seu Estado-maior para o acampamento, e apenas podia falar tão comovido estava pela gratidão. ‘Não esperava amigo’, me disse ele, ‘tais manifestações! Que povo! e que felicidade tê-lo conhecido!’ Vinte dias depois, quando embarcou, a população de buenos aires, as senhoras e os jovens, encheram os arredores do molhe, fizeram-no desta vez chorar de prazer, e os vivas e os lenços agitados no ar acompanharam-no, até que o seu escaler chegou ao navio que devia conduzir.” (sarmiento, Campaña en el ejército grande aliado). 1869 — Chega enfermo ao rio de Janeiro o almirante visconde de inhaúma, procedente do Paraguai, onde comandara a esquadra brasileira, de 22 de dezembro de 1866 a 16 de janeiro de 1869. faleceu poucos dias depois (ver 8 de março). 1871 — francisco ferreira Correia toma posse da presidência da província do Espírito santo. EfEméridEs brasilEiras 145
1875 — falecimento do poeta luís Nicolau fagundes Varela, nascido em 17 de agosto de 1841, na freguesia da Piedade, depois vila do rio Claro, província do rio de Janeiro. faleceu em Niterói e foi sepultado no cemitério de maruí. 19 DE fEVEREiRO 1609 — aporta a Pernambuco dom francisco de sousa, nomeado capitão-general e governador da repartição do sul (ver 11 de junho de 1611).
(ver 15 de fevereiro) entrar no porto do recife, mas encontram a barra obstruída por várias embarcações carregadas de pedras, as quais aí tinham sido metidas a pique. Trava-se, durante este reconhecimento, ou de tentativa de ataque, um vivo combate entre a esquadra inimiga e os fortes. 1632 — Professa na província reformada de santo antônio o pernambucano dom Paulo de moura, que toma o nome de frei Paulo de santa Catarina (ver 3 de fevereiro de 1693).
do ano precedente). O exército desse general, deduzidas as guarnições que ficaram no Arraial e nos redutos da linha de sítio, compunha-se de 2.750 combatentes, sendo 2.600 de infantaria e 150 de cavalaria. Os infantes formavam cinco terços, dos quais eram chefes os mestres de campo andré Vidal de Negreiros, João fernandes Vieira e francisco de figueiroa, o capitão-mor dom diogo Pinheiro Camarão e o governador Henrique dias. a cavalaria formava dois esquadrões comandados pelos capitães antônio da silva e manuel de araújo de miranda. Não podendo ainda o general von schkoppe montar a cavalo ou mesmo caminhar facilmente, em consequência do ferimento recebido na batalha anterior, foi o exército holandês dirigido, nesta sortida, pelo coronel van den brinck. as forças sob o seu comando constavam de
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3.510 oficiais e soldados de infantaria, 300 marinheiros com seis peças e 400 índios e pretos, apresentando, portanto, um total de 4.200 homens (6.400, segundo os escritores portugueses). Os principais subchefes eram os coronéis van den braden e Willem Hautijn, o tenente-coronel Klaes Klaeszoon e quatro outros, o vice-almirante Gielissen, que comandava os marinheiros e a artilharia (naquele tempo, chamava-se vice-almirante o segundo comandante de uma esquadra, podendo ser um simples capitão), e Pero Potí, comandante dos índios do partido holandês. as extensas descrições contemporâneas, que possuímos, desta e da primeira batalha, assim como as dissertações explicativas publicadas nestes últimos anos, continuarão a ser, como até aqui, palavreado incompreensível, enquanto o nosso governo, ou o instituto arqueológico Pernambucano, não mandar levantar uma planta em grande escala, tomando por modelo as do Estado-maior francês, do território compreendido entre o meridiano de Jaboatão e muribeca a oeste, o mar a leste, e os rios Capibaribe e Pirapama ao norte e ao sul. a derrota dos holandeses, conforme os seus próprios documentos oficiais, foi mais completa ainda que a do ano anterior. Perderam toda a artilharia, 11 bandeiras, entre as quais o estandarte general (a carta de schkoppe, de 10 de março, apenas confessa a perda de cinco canhões e de cinco bandeiras) e um número considerável de armas de mão; tiveram, entre mortos e feridos, um coronel (brinck foi morto), quatro tenentes-coronéis, quatro majores, 35 capitães, 32 tenentes, 26 alferes, dois cirurgiões e 942 inferiores e soldados, total de 1.046 homens (957 mortos e 89 prisioneiros). Contudo, no mapa de que são extraídos esses algarismos, que só trata do exército regular, não se faz menção dos feridos, nem das perdas que sofreram os marinheiros, índios e pretos. O vice-almirante Gielissen foi morto, o coronel Hautijn ferido e o chefe dos índios ficou prisioneiro (era sobrinho do nosso ilustre Camarão, já então falecido). a perda dos holandeses deve, portanto, ter sido aproximadamente de 1.100 mortos, 600 feridos e 110 prisioneiros, (este algarismo é dado em uma relação portuguesa), ou de 1.800 homens fora de combate (três mil, diz essa relação). a nossa, segundo rafael de Jesus, foi de 47 mortos e 207 feridos; no entanto, não indicando esse cronista a que tiveram os terços ou regimentos de índios e pretos, pode ser calculada em 60 mortos e 250 feridos. Entre os primeiros contava- se o sargento-mor Paulo da Cunha souto maior (o famoso guerreiro,
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cuja cabeça maurício de Nassau pusera a prêmio em 1641) e o capitão da cavalaria manuel de araújo de miranda; entre os feridos, Vidal de Negreiros, fernandes Vieira (ambos mui levemente), Henriques dias (seu oitavo ferimento), os capitães Cosme do rêgo barros (este morreu do ferimento), Paulo Teixeira, manuel de abreu, João soares de albuquerque, Jerônimo da Cunha do amaral, Estevão fernandes, manuel antônio de Carvalho, João lopes e Álvaro de azevedo barreto. as bandeiras, tomadas nesta batalha, bem como 19 das tomadas na primeira, foram remetidas logo ao governador-geral, conde de Vila Pouca de aguiar, e por ele enviadas da bahia para lisboa. O único monumento que perpetua a memória das duas jornadas de Guararapes é a igreja de Nossa senhora dos Prazeres, levantada pelos beneditinos no lugar da capela, que, com essa intenção, o general vencedor fizera construir no mais oriental daqueles montes (ver o dia seguinte). 1650 — a primeira frota anual da Companhia Geral do Comércio do Brasil passa neste dia à vista do Recife, navegando para a Bahia, onde chega a 7 de março. saíra de lisboa a 4 de novembro. O conde de Castel-melhor (João rodrigues de Vasconcelos e sousa) era o general desta frota, e Pedro Jaques de magalhães o almirante. diante do recife, alguns navios portugueses trocaram tiros com os holandeses que aí cruzavam.
o rio Grande do sul, a expedição que ia ocupar militarmente esse canal e tomar posse da lagoa mirim. Vinha da Colônia do sacramento e era comandada pelo brigadeiro José da silva Pais. Compunha-se desse general, de um comissário de mostras, de um tesoureiro, de um ajudante e de 251 oficiais e soldados de infantaria (Rio de Janeiro e Bahia), de artilharia (rio) e de cavalaria (dragões de minas Gerais). depois, foram chegando outros destacamentos, vindos também da Colônia ou do rio de Janeiro e da bahia. O general silva Pais desembarcou na costa sul do canal e construiu logo o forte de Jesus-maria-José, a leste do saco da mangueira (e não no Chuí, como disse o autor do Dicionário topográfico
documentos oficiais e uma planta levantada por Silva Pais, da qual o geógrafo d’anville se utilizou, para corrigir e completar a sua carta da
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américa do sul. meia légua (cerca de 3,3 km) a oeste, foi erguido o forte de santana, mudado depois (entre os anos de 1747 e 1750), com o nome de são Pedro, para o sítio em que ora se acha a cidade do rio Grande. Em 28 de setembro, depois de prontos esses dois fortes e de estabelecida a guarda do Taim, silva Pais seguiu embarcado para a lagoa mirim, explorou as suas margens, construiu o reduto de são miguel e colocou uma guarda no Chuí (Chueú, escreve ele). regressando, chegou ao forte de santa anna do rio Grande de são Pedro no dia 1 o de novembro, e aí encontrou a notícia de terem sido expedidas ordens para a suspensão das hostilidades. No dia 9, um alferes castelhano apresentou-se à guarda do Taim, trazendo essas ordens e uma carta do governador de buenos aires. “dei muitas graças a deus [escrevia silva Pais], que tanto a tempo eu tivesse disposto a minha viagem e conseguido deixar debaixo das guardas e fortalezas, para sua majestade, o melhor terreno que tem toda a pampa, e de donde se proviam de gado e de courama, não só os da Colônia, como os mesmos castelhanos, pois desde o Curral alto até o Chuí, que são mais de 30 léguas (cerca de 200km), é onde pastam o melhor de 1.500 cabeças de gado” (carta de 7 de março de 1738 ao vice- rei conde das Galvêas). O brigadeiro Pais partiu em 15 de dezembro de 1737 para santa Catarina e daí para o rio de Janeiro, deixando no governo militar do rio Grande do sul o mestre de campo andré ribeiro Coutinho, como ele, perfeito soldado e homem de letras. desde que tomou posse do rio Grande, compreendeu silva Pais a importância da sua conquista, teve a intuição do grande futuro dessa bela parte do brasil e desvelou-se em adotar as providências mais urgentes para o seu desenvolvimento e sua colonização. Em carta de 12 de abril de 1737, dirigida a Gomes freire de andrada, mostrava que a ocupação do rio Grande era muito mais útil ao brasil que a de montevidéu: “O ponto é criar gente de cavalo e que saiba fazer o serviço como cá se costuma... Já se acham corridas mais de 200 vacas, espero que cresça o número e já se acham marcadas para sua majestade mais de mil, que faço conta passá-las a outra parte para um rincão de admiráveis pastos, de onde andam também as cavalhadas; quero ver se pode juntar alguma eguada para que, pela produção destes gados, se sustente a guarnição, e sobeje, e haja cavalaria para todo o serviço; eu procuro que todos saibam andar a cavalo, que é muito preciso... Como a terra da entrada deste rio é baixa, faço tensão levantar na ponta do norte um grande atalaião
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de madeira para servir de baliza... E hei de procurar descobrir algum morador que seja pescador e prático da barra para que viva junto dela, e sirva de piloto da barra para as embarcações [...]” Outra carta, de 21 de junho, mostra que já tinha estabelecido estâncias e invernadas e que se ocupava de organizar o regimento de dragões, servindo de casco 120 que trouxera (pedia 150 ou 200 soldados da Colônia do sacramento, “já acostumados a laçar e campear”): “Vossa excelência me pergunta [dizia ele] que interesse poderá ter sua majestade deste novo estabelecimento. ainda eu não posso dar inteira informação, porque todo me entrego a segurar este porto e a sua guarnição; por ora, sempre me parece poder dar mais que quaisquer dos outros até esse rio, por ser capaz a terra de dar admiráveis frutos, poderem se estabelecer curtumes de toda a casta de couros e solas, que melhor que em outras partes aqui se curtem, prover-se de muitos gados as terras do norte por se poderem buscar a esses campos de Chuí para cá, que dentro de três dias se podem conduzir; de se fazer quantidade de charque, courama e peixe seco, e ainda poderem aqui vir comerciar os castelhanos, e introduzirem-nos com muita facilidade os minuanes os cavalos que quisermos. Também me asseguram haverem minas nas cabeceiras deste rio Grande, porém isto se necessita de maior averiguação, e, finalmente, para a conservação da colônia, esta é a única porta de onde se lhe pode introduzir socorro” (carta de 21 de junho de 1737 a Gomes freire de andrada). Cumpre notar que, em 1735, uma colônia militar, fundada no rio Grande em fins do ano precedente, pelo mestre de campo Domingos Fernandes, enviado da Colônia do sacramento, fora destruída pelo comandante espanhol Estevan del Castillo, e que, desde o século xVii, os nossos paulistas talavam livremente todo o território ao norte do Jacuí. Em 1636 (ver 3 e 25 de dezembro), eles destruíram as missões dos jesuítas espanhóis desde o rio Pardo até o araricá; em 1637, a de ibituruna, perto do lugar em que está hoje Cruz alta; em 1638, depois das vitórias de Caáro, Caazapá-guazu (ambas as povoações ficavam sobre o Ijuí- mirim), Caazapá-mini, entre o ijuí e o Piratini, e san-Nicolás (no Piratini), repeliram os jesuítas e seus índios para a margem direita do Uruguai. de 1687 a 1707, voltaram estes e restabeleceram sete missões perto da margem esquerda. de 1715 a 1718, começaram a formar-se os primeiros estabelecimentos dos lagunistas, ao norte do Jacuí. Em 1725, já havia a povoação de santo antônio da Patrulha. Em 1726, o tenente de
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mestre de campo general davi marques Pereira, por ordem do capitão- general de são Paulo, foi entender-se com francisco de brito Peixoto, capitão-mor da laguna, para dar calor a povoação do rio Grande de são Pedro e fazer com que se adiantasse a dita povoação. No entanto, foi somente à expedição do ilustre general Silva Pais que devemos a posse definitiva do Rio Grande do Sul, isto é, da parte oriental, porque a ocidental, regada pelos afluentes do Uruguai, só foi conquistada na Guerra de 1801. O general silva Pais esteve ainda por duas vezes no rio Grande, sendo governador de santa Catarina com jurisdição sobre esse território. O visconde de santarém cita as seguintes palavras, que encontrou em uma informação de d’anville sobre o distinto engenheiro militar silva Pais, no arquivo do ministério dos Negócios Estrangeiros de frança (vol. CVi da Corresp. de Portugal, fls. 274): “Este homem, de mérito pouco comum, segundo o que pude julgar por um mapa que havia desenhado do seu governo até a altura do cabo de santa maria, forneceu a um mapa da américa meridional, detalhes particulares que o distinguem. Esse mapa me foi comunicado pelo embaixador de Portugal, dom luís da Cunha, e dele conservo a cópia” (santarém, Quadro elementar das relações diplomáticas,Viii). 1752 — Parte do rio de Janeiro para o rio Grande do sul o capitão- general das capitanias do rio de Janeiro, de minas Gerais e de são Paulo, Gomes freire de andrada, ulteriormente conde de bobadela. ia presidir, por parte de Portugal, aos trabalhos da demarcação de limites, pouco depois interrompidos pela guerra do Uruguai, empreendida para submeter os guaranis das missões jesuíticas. 1776 — Os espanhóis ocupavam, desde 1762, a vila do rio Grande e toda a margem meridional do rio Grande do sul. Tinham aí a fortaleza de são José da barra, as baterias do mosquito (ou de santa bárbara), Trindade e mangueira, e forte de Jesus, na ilha do ladino, e as trincheiras da vila. fundados em linha, entre as baterias do mosquito e Trindade, estavam os cinco navios seguintes, sob o comando do capitão de fragata francisco xavier de morales: corveta Dolores (20 canhões), brigues Santiago (16 canhões) e Pastoriza, setias Misericórdia e San-Francisco (os três últimos de 14 canhões cada um), e no saco da mangueira a setia Santa Matilde (16 canhões) e a sumaca Santo Antônio. EfEméridEs brasilEiras 151
O coronel manuel Tejada comandava todas as forças espanholas aí reunidas. a margem setentrional era ocupada pelo Exército português sob o comando do tenente-general João Henrique de bohm e composto principalmente de tropas brasileiras (do rio de Janeiro, são Paulo e rio Grande do sul). Tínhamos nesta margem as baterias de são Pedro da barra, são Jorge (ou dos dragões), Conceição (no pontal do norte), Patrão-mor (ou figueiras) e são José do Norte. acima de são José do Norte estava a esquadrilha portuguesa do capitão de mar e guerra Jorge Hardcastle, composta dos bergantins Belona, Dragão (construídos em Porto alegre) e Invencível, da sumaca Sacramento e do iate São José (os três últimos tinham forçado a entrada em 4 de abril de 1775). Neste dia 19 de fevereiro, o coronel do mar roberto mac douall, comandante da esquadra portuguesa do sul (os coronéis do mar chamaram-se depois chefes de divisão), passando a sua bandeira para a fragata Graça, forçou a entrada do rio Grande, indo reforçar a esquadrilha de Hardcastle. a ordem de marcha dos navios portugueses foi esta: chalupa Expedição (tenente do mar Jerônimo silva, 12 canhões, 70 homens), fragata Graça (capitão-tenente Kasselberg, 22 canhões, 200 homens), corveta Vitória (capitão-tenente Correia de melo, 14 canhões, 90 homens), fragata
corveta Penha (tenente do mar rosa Coelho, oito canhões, 70 homens), sumacas Bom Jesus (tenente da armada lopes xavier), Monte (tenente da armada b. ribeiro) e Belém (tenente do mar medeiros; cada uma das três sumacas tinha 10 canhões e 70 homens) e bergantim Bonsucesso (primeiro piloto silva duarte, oito canhões, 40 homens). Total de nove navios, 114 canhões, 770 homens. a infantaria que guarnecia esses navios era do regimento de santa Catarina. destes navios soçobrou, arrombada, a chalupa Expedição, salvando-se a gente que a guarnecia, e encalharam a sumaca Bom Jesus e a corveta Penha. a primeira se safou, mas tornou a encalhar junto à bateria espanhola do Mosquito e ficou perdida. Foram salvas a guarnição e cinco peças. Os outros seis navios forçaram a entrada, passando a tiro de pistola dos inimigos e respondendo aos tiros dos seus canhões. Às 17h, fundeavam no porto do Patrão-mor. a corveta Penha, debaixo de todo o fogo que a fortaleza inimiga (da Barra) lhe fazia, conseguiu pôr-se em nado e fazer-se à vela pelas 17h30, e passar só pelo fogo de todas as fortalezas e navios, defendendo-se de todos, sempre à vela... Foi fundear entre as mais Obras dO barãO dO riO braNCO 152
embarcações da esquadra no forte do Patrão-mor pelas 19h. a esquadra portuguesa teve 11 mortos (entre os quais o capitão-tenente frederico Kasselberg, comandante da Graça) e 30 feridos. destes, morreram no hospital quatro, sendo um deles o capitão de mar e guerra antônio José Pegado, comandante da Glória. a bordo dos navios espanhóis houve 16 mortos (entre eles o comandante da Pastoriza e o imediato da San- Francisco) e 24 feridos (cinco oficiais), “os demais de perigo, sem que se tenha levado em consideração os levemente feridos”. No dia seguinte, cinco lanchas espanholas abordaram o Bom Jesus e levaram quatro peças. À noite, foi esse navio incendiado por dois granadeiros nossos. Os espanhóis declararam-se vencedores neste combate, em que sete navios portugueses forçaram, debaixo de fogo de 88 canhões e da fuzilaria de terra, a passagem de um canal de difícil navegação, “deixando a nossa esquadra a glória do êxito e a satisfação de haver conseguido uma vitória que, combinadas as circunstâncias, não terá semelhantes em muitos séculos”. levantaram então uma nova bateria, à qual deram o nome de Triunfo. Esta e todas as outras caíram em poder dos nossos, nos dias 1 o e 2 de abril. O chefe mac douall, deixando sob o comando de Hardcastle os 13 navios, reunidos no porto do Patrão-mor, seguiu para bordo da nau Santo Antônio, que cruzava diante da barra. Download 5.54 Mb. Do'stlaringiz bilan baham: |
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