EfEméridEs brasilEiras


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1848  — O capitão sebastião antônio do rego barros repele, 

no poço da Panela, um ataque dos revolucionários de Pernambuco, 

comandados por João inácio ribeiro roma.

1889 — Proclamação da república dos Estados Unidos do brasil.

16 DE nOVEMBRO

1676  — bula de inocêncio xi elevando o bispado da bahia a 

arcebispado metropolitano do brasil.



1823 — manifesto do imperador dom Pedro i dando as razões que 

teve para dissolver a assembleia Constituinte e para convocar outra, 

a que ia submeter um projeto de constituição mais liberal que o da 

extinta assembleia. A discussão desse projeto ficou terminada a 11 de 

dezembro, no Conselho de Estado.

1824 — é nomeada uma comissão militar para julgar na bahia os 

assassinos do governador das armas, felisberto Gomes Caldeira, e os 

cabeças da sedição militar de 25 de outubro (ver essa data).

1827 — Combate do Salado (primeiro dia). O almirante barão do 

rio da Prata encarregou o capitão de mar e guerra João Carlos Pedro 

Pritz de retomar ou destruir o brigue Ururáo e a galera Santista (ver 26 

de outubro), que estavam no salado. Pritz levou a fragata Imperatriz, de 

que era comandante, os brigues Caboclo (inglis) e Pirajá (J. batista de 

sousa), as escunas Bela Maria (Parker), Grenfell (Néri) e Paula (Ths. 

read) e a canhoneira Vitória da Colônia (C. l. desuza). Os quatro 

últimos abriram o fogo às 14h contra a galera, o Ururáo e uma sumaca 

armada, encalhados a tiro de metralha da bateria do salado. Essas três 

embarcações e a bateria sustentaram o combate. Às 17h, uma lancha, 

comandada pelo primeiro-tenente diogo inácio Tavares e por dois 


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escaleres, dirigidos pelos segundos-tenentes Joaquim José de aguiar e 

luís brown, foram abordar a galera. O inimigo, porém, lançou fogo a 

esse navio e a sumaca (ver o dia seguinte).

1840 — Um corpo de legalistas, comandado pelo coronel Jerônimo 

Jacinto Pereira, é derrotado em são filipe por João antônio da silveira, 

um dos generais da revolução rio-grandense.

1853 — é assinado em londres o contrato para a construção do 

caminho de ferro da corte do rio de Janeiro a são Paulo e minas Gerais, 

a que se deu o nome de Estrada de ferro dom Pedro ii.

1862 — Exumação dos ossos de Estácio de sá, primeiro fundador 

da cidade do rio de Janeiro, falecido a 20 de fevereiro de 1567, do 

ferimento recebido na tomada do forte de Uruçu-mirim, hoje praia do 

flamengo (ver 20 de fevereiro de 1567).



1868  — O coronel fernando machado de sousa persegue uma 

força inimiga na esquerda (direita nossa) da linha do Piquiciri.



17 DE nOVEMBRO

1636 — Combate no riacho anatuba, perto do Tapacurá e do engenho 

santo antônio (Pernambuco), no qual os capitães francisco rebelo e 

sebastião do souto e o governador Henrique dias resistem a forças muito 

superiores, comandadas pelo coronel arciszewsky, empenhado em vingar 

o revés de 16 de outubro. Os comandantes brasileiros puderam continuar 

a sua retirada para Porto Calvo, conduzindo os seus feridos. Tiveram 37 

mortos; os holandeses, mais de 70.

1637 — Entrada dos holandeses, comandados por siegemundt von 

schkoppe, em são Cristóvão (sergipe d’el-rei). O general bagnuoli tinha 

evacuado esse ponto no dia 14, retirando-se para a torre de Garcia d‘Ávila.

1638 — Entra em salvador o almirante holandês W. Corneliszoon 

loos com uma esquadra de 12 navios e durante alguns dias saqueia e 



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queima vários engenhos. No dia 3 de dezembro, fez-se de vela, para cruzar.

1827 — Segundo dia do combate do Salado. as nossas quatro escunas 

e canhoneiras ancoraram, ao amanhecer, a tiro de metralha do brigue 



Ururáo. Este e a bateria responderam ao fogo. Às 9h, o inimigo incendiou 

o brigue e apenas viu que lanchas e escaleres o iam abordar. Os mesmos 

navios brasileiros foram depois atacar o corsário Presidente, que estava 

encalhado perto da bateria; no entanto, não podendo fazer-lhe muito dano 

na posição que ocupava, o chefe Pritz suspendeu o combate às 10h30.

1830  — Pela primeira vez o senado e a Câmara dos deputados 

trabalharam reunidos em assembleia geral, dando-se assim o caso de 

fusão das Câmaras, sabiamente previsto pela Constituição de 1824. foram 

discutidas  as  emendas  do  Senado  ao  orçamento,  ficando  terminados  o 

debate e a votação no dia 20.

1832 — Nasce na cidade do rio de Janeiro manuel antônio de almeida, 

autor das Memórias de um sargento de milícias (ver 28 de novembro de 

1861).

1848 — O major Inácio de Siqueira Leão Silva e Cruz, à frente 

de 150 homens, pela maior parte da Guarda Nacional, ataca e toma o 

engenho de Cachoeira, perto de serinhaém. Nesse combate, achou-se, 

diz a ordem do dia, “o benemérito padre Joaquim Pinto de Campos, que 

voluntariamente exerce o seu ministério eclesiástico, e que, dando força 

à causa da legalidade, infunde no ânimo dos povos amor às instituições 

e ao monarca; no da tropa, subordinação e valor no combate; e no campo 

de batalha, mui dignamente se portou, dirigindo palavras consoladoras 

aos infelizes que agonizavam.”

1851 — Estando acampado junto ao arroio de Cufré, em marcha 

do Paso de Cuello, no santa lúcia, para a Colônia do sacramento, o 

general conde de Caxias (depois marechal e duque) publica uma ordem 

do dia, dando nova organização ao exército brasileiro em operações. 

Compunha-se este de 20 mil homens, do Exército e da Guarda Nacional.


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18 DE nOVEMBRO

1757 — Última licença dada em lisboa para a impressão do Etíope 

resgatado, obra do padre manuel ribeiro rocha, natural de lisboa, 

“domiciliário na cidade da bahia e nela advogado, e bacharel formado 

na universidade de Coimbra.” O nome manuel ribeiro rocha, esquecido 

durante as nossas lutas em favor da emancipação da raça negra, deve 

ser venerado como o do mais antigo abolicionista do brasil. Todas as 

ideias que triunfaram em 1871 e 1888, ele as pregou desde o século 

xViii naquele livro precioso, muito antes de pronunciar-se Condorcet 

pela liberdade dos nascituros (1781), de escrever Clarkson a sua célebre 

dissertação de 1786, e antes também da resolução tomada pelos Quakers 

de libertarem os seus escravos (1

o

 de janeiro de 1788). foi, portanto, 



um precursor de todos estes beneméritos da humanidade e dos que 

posteriormente se ilustraram, defendendo a grande causa, hoje vencedora 

em todo o mundo civilizado. “Esta, pois, me meteu na mão a pena [dizia 

rocha] para a formatura do opúsculo presente, na primeira parte do 

qual mostro que se não podem comerciar, haver, e possuir estes pretos 

africanos por título de permutação ou compra, com aquisição de domínio, 

sem pecado, e gravíssimos encargos de consciência.” só admitia o 

tráfico  para  resgatar  os  que  já  fossem  cativos  dos  bárbaros  africanos: 

“[...] resgatado da escravidão injusta, a que barbaramente reduziram os 

seus mesmos nacionais.” O senhor devia conservar em seu poder apenas 

durante certo prazo esses africanos resgatados e “a título de redenção, 

com aquisição somente do direito de senhor e retenção, para nos servirem, 

como escravos, até pagarem seu valor, ou até que com diuturnos serviços 

o compensem, ficando depois disso totalmente desobrigados e restituídos 

a natural liberdade com que nasceram”. Os filhos das africanas detidas 

em servidão, esses nasciam livres: “E ultimamente: que os partos das 

escravas remidas nascem ingênuos, e sem contraírem a causa do penhor 

e retenção em que elas existirem... deve-se observar esta lei com a 

modificação de que fiquem servindo e obedecendo a seus patronos até 

terem a idade de 14 ou 15 anos: não por escravidão, senão somente por 

recompensa e gratificação do benefício da criação e educação que deles 

receberam.” O que o padre rocha propunha em 1757 era muito mais do 

que o obtido a tanto custo na lei brasileira de 28 de setembro de 1871.


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1823 — Convenção assinada no pastoreio de Pereira, nascentes do 

arroio miguelete, entre os delegados do general dom Álvaro da Costa de 

sousa de macedo, comandante das tropas que ocupavam montevidéu e se 

conservavam fiéis ao rei de Portugal, e os delegados do general Lecór, barão 

da laguna (depois visconde), comandante em chefe do Exército brasileiro 

que sitiava essa praça (guerra da Independência). A convenção foi ratificada 

pelos dois generais no dia seguinte. Por ela, obrigou-se dom Álvaro de 

macedo a embarcar para lisboa com as tropas portuguesas, entregando a 

praça ao general brasileiro. Entre as forças que até o último momento se 

conservavam fiéis a Portugal e que defenderam a praça estavam o 1

o

 e o 2


o

 

batalhões de libertos do rio de Janeiro, incorporados ao Exército imperial 



depois desta convenção e do embarque dos portugueses. Em consequência da 

demora na prontificação dos transportes que deveriam conduzir a guarnição 

europeia, o Exército brasileiro só pôde fazer sua entrada em montevidéu no 

dia 2 de março do ano seguinte. a convenção de 18 de novembro foi assinada 

pelo coronel inácio José Vicente da fonseca, chefe da legião de são Paulo, 

pelo tenente-coronel Wenceslau de Oliveira belo, comandante da artilharia 

do rio de Janeiro (representantes do general brasileiro), pelo coronel filipe 

Néri Gurjão e pelo major inácio da Cunha Gasparinho (representantes do 

general português). Este Wenceslau de Oliveira belo, segundo balbi, foi um 

dos maiores mestres de esgrima de seu tempo.



1837 — Os revolucionários de salvador atacam o forte da ilha de 

itaparica e são repelidos pelo coronel antônio de sousa lima, depois 

brigadeiro.

— Falecimento do cirurgião fluminense João Alves Carneiro (ver 

1

o

 de outubro de 1776).



1848 — O coronel manuel Pereira da silva, da Guarda Nacional, 

repele em Pajeú de flores, nos dias 18, 19 e 20, os insurgentes de 

Pernambuco comandados pelo coronel francisco barbosa Nogueira Pais.

1862  — morre em Copenhague o chefe de divisão João Carlos 

Pedro Pritz, nascido na mesma cidade a 16 de agosto de 1789. serviu 

com distinção na marinha da dinamarca e na da frança, durante as 

guerras do primeiro império francês, e na marinha brasileira, de 1825 



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a 1831, entrando para esta com o posto de capitão de mar e guerra. 

durante as nossas campanhas navais do rio da Prata, de 1826 a 1828, 

comandou uma fragata e, por algum tempo, a 2

a

 divisão. foi chefe 



das forças brasileiras no combate naval do banco das Palmas, a 24 de 

fevereiro de 1827, e no combate do salado, em 16 e 17 de novembro 

do mesmo ano. Em 1828, levou para a inglaterra a rainha de Portugal 

e, no ano seguinte, voltou comandando a divisão que trouxe ao rio de 

Janeiro a segunda imperatriz do brasil e a mesma rainha.

1866  — O marquês de Caxias chega ao acampamento do 1

o

 



Exército, pela manhã, acompanhado do marechal Polidoro, que o havia 

ido receber no caminho. sendo recebido com todas as honras devidas 

ao seu elevado posto, o inimigo, para mostrar que estava apercebido dos 

movimentos dos brasileiros, deu alguns tiros de bombas para o nosso 

campo, enquanto a nossa artilharia salvava. À tarde, o marquês, ainda 

em companhia do marechal Polidoro, foi visitar o general mitre, depois 

do que percorreu parte do acampamento do Exército brasileiro.

1869 — O tenente-coronel José Joaquim Teixeira de melo derrota 

no arroio Guazu, afluente do Aquidabã, os majores paraguaios Franco 

e Urbieta.

19 DE nOVEMBRO

1614  —  Combate de Guaxenduba, vencido pelo capitão-mor 

Jerônimo de Albuquerque, contra os franceses que ocupavam a ilha 

do Maranhão (ver 6 de agosto de 1612). albuquerque desembarcou 23 

dias antes, na praia de Guaxenduba, baía de são José, e ali construiu um 

arraial ou campo entrincheirado, a que dera o nome de forte de santa 

maria de Guaxenduba (sobre a posição desse forte, ver a efeméride de 

28 de outubro de 1614). suas forças constavam apenas de 300 soldados, 

brancos ou mestiços, e de 200 índios. Com ele servia, na qualidade 

de segundo comandante, o sargento-mor do Estado do brasil, diogo 

de Campos moreno, que foi o cronista português desta campanha 

(Jornada do Maranhão). Na madrugada de 19 de novembro, la 

ravardière apresentou-se diante de Guaxenduba com sete navios e 50 



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canoas, e destas saltaram em terra, sob o comando de de Pézieux, 200 

franceses e 1.500 índios, que começaram a levantar apressadamente 

vários entrincheiramentos, mas que foram, pouco depois, assaltados, 

surpreendidos e rotos pelas nossas tropas. a vazante da maré não 

permitiu que la ravardière desembarcasse com outra coluna, que devia 

tomar parte no projetado ataque. “Nossos selvagens [disse o cirurgião 

de lastre] abandonam sua bandeira e se salvam nadando, graças aos 

nosso navios, que estão a distância de um tiro de mosquete deles. muitos 

franceses tentam fazer o mesmo. alguns se salvaram, mas a maioria foi 

morta a pancadas por esses portugueses selvagens e mulatos. muitos 

foram mortos em combate, porque lutaram maravilhosamente bem, mas 

estando separados e tendo sido surpreendidos, não tiveram tempor de 

se reunir.” ficaram mortos 115 franceses e, prisioneiros nove: entre os 

primeiros, de Pézieux (primo de margarida de montmorency, princesa 

de Condé), de Chabannes (primo de la ravardière), de rochefort, de 

logeville, de saint-Gilles, de la Haye, de saint-Vincent, d’ambreville, 

e de la roche-dupuis. do nosso lado, houve 11 mortos (um deles luís 

de Guevara) e 18 feridos (nesse número entraram o capitão antônio 

de Albuquerque,  filho  de  Jerônimo  de Albuquerque,  dois  alferes  e  o 

fluminense Belchior Rangel). Os cronistas não mencionam a perda dos 

índios dos dois partidos. seguiu-se a troca de uma correspondência, 

a princípio arrogante, mas na qual, logo depois, albuquerque e la 

ravardière procuraram exceder-se em cortesias. “mais obriga aos 

cavalheiros portugueses um termo cortês que a força das armas, e 

assim dou a minha palavra de que afora a guerra que trazemos, tudo 

que for do gosto e serviço do senhor de ravardière, hei de fazê-lo 

muito a ponto”, dizia albuquerque, em carta de 22 de novembro. No 

dia seguinte, respondia-lhe la ravardière: “senhor de albuquerque, 

a clemência daquele grande capitão de albuquerque, vice-rei de sua 

majestade dom manuel nas Índias Orientais, aparece em vós, na cortesia 

que fazeis aos meus soldados franceses, e na sepultura que haveis dado 

aos meus mortos, entre os quais tenho um que amei em vida como a 

irmão, porque era bravo e de boa casa. Eu louvo a deus, esperando 

que, se tornarmos as mãos, tomará minha justa causa e minhas coisas 

nas suas [...]” O chefe francês mandou ao acampamento brasileiro o 

cirurgião de lastre, para tratar de nossos feridos: “Nunca [escreveu 

este] vi pessoas tão honestas e inteiras como elas, mas tinham muita 


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651


necessidade de mim. O senhor de la ravaridière os obrigou a preferir 

os feridos deles aos seus, mas a frança nunca faltará com a cortesia” 

(Histoire véritable de ce qui s’est passé de nouveau entre les françois 

et portugois em l’isle de Maragnan, impressa em Paris, sem o nome do 

autor, em 1615, embora o nome do cirurgião esteja indicado na Jornada 



do Maranhão de diogo de Campos moreno). No dia 27 de novembro, 

ficou ajustada uma suspensão de armas, e nesse documento Jerônimo 

de albuquerque assinou-se pela primeira vez como albuquerque 

maranhão. O vencedor de Guaxenduba e restaurador do maranhão era 

filho de Jerônimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Coelho, primeiro 

senhor de Pernambuco. Sua mãe era uma índia, filha do cacique Arco 

Verde. Nasceu em Olinda em 1548 e faleceu em são luís do maranhão 

no dia 11 de fevereiro de 1618.



1709 — Carta régia dando título e privilégios de vila à povoação 

do  Recife,  ficando  assim  os  seus  habitantes,  pela  maior  parte 

portugueses europeus, independentes da Câmara da cidade de Olinda, 

cujos cargos eram ocupados pela nobreza da terra. Na demarcação de 

limites, acentuaram-se as rivalidades e os ódios entre pernambucanos 

e portugueses: deu-se, então, o atentado contra a vida do governador, 

parcial dos negociantes portugueses (17 de outubro de 1710), a 

insurreição dos partidários de Olinda e a fuga do governador (7 de 

novembro), a destruição do pelourinho e a dissolução da Câmara da 

nova vila (9 de novembro), a sublevação e a reação dos habitantes do 

recife (18 de junho de 1711) e a Guerra Civil, chamada dos Mascates

que só terminou no dia 8 de outubro de 1711.



1816 — Batalha de Índia Muerta, vencida pelo general Sebastião 

Pinto de Araújo Correia, contra os orientais. a coluna deste general 

fazia a vanguarda do exército do general lecór (depois barão e 

visconde da laguna), que invadia, pelas fronteiras de santa Teresa e 

do Cerro largo, o território da banda Oriental do Uruguai, dominado 

então pelo ditador Artigas. A batalha, que abriu às tropas de Lecór o 

caminho de montevidéu, deu-se entre o puesto de la Paloma e o paso de 

la Coronilla, no arroio de Índia muerta. sebastião Pinto comandava 957 

homens das três armas, pela maior parte portugueses (722 de infantaria 

e artilharia com um obus, 129 de cavalaria, todos da divisão portuguesa 


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de voluntários reais, e 106 de cavalaria brasileira). O seu adversário, 

frutuoso rivera, tinha 1.700 homens de infantaria e de cavalaria, e 

uma peça. O centro da linha portuguesa (granadeiros e caçadores) era 

dirigido pelo general: no flanco esquerdo, combateram dois esquadrões 

do rio Grande e de são Paulo (major, depois brigadeiro, manuel 

marques de sousa, segundo desse nome); no direito, dois esquadrões 

portugueses (tenente-coronel João Vieira Tovar). a peleja durou quatro 

horas e meia, ficando completamente destroçadas e dispersas as tropas 

orientais. rivera deixou no campo de batalha mais de 300 mortos e 

prisioneiros, grande número de armas, o único canhão que possuía, e 

escapou seguido apenas de cem homens. Os vencedores tiveram 29 

mortos (dois oficiais) e 66 feridos (cinco oficiais). O tenente-coronel 

Tovar perdeu um braço; os majores brasileiros marques de sousa e 

Galvão de moura lacerda (José Pedro) receberam contusões. O major 

Jerônimo Pereira de Vasconcelos, natural de minas Gerais, comandante 

dos caçadores portugueses, muito se distinguiu. Este oficial era irmão de 

bernardo Pereira de Vasconcelos; depois da independência, continuou 

a servir em Portugal, onde foi general, ministro da Guerra – em 1846 – 

e visconde de Ponte da barca.

1826  — O coronel José Elói Pessoa ocupa a ilha de Gorrití, no 

porto de maldonado, com um corpo de artilharias da bahia.



1827 — Na enseada das Palmas (ilha Grande), o tenente José fernandes 

da silva, de milícias, repele e destroça um destacamento que desembarcara 

no brigue argentino Congreso (comandante César fournier).

1831 — Revolta na cidade de São Luís do Maranhão. Os revoltosos 

pediam a deportação de vários empregados, a demissão de todos os 

brasileiros adotivos e a proibição de desembarque contra os emigrados 

portugueses. O presidente da província, araújo Viana (depois marquês 

de sapucaí), não quis ceder, e os desordeiros foram batidos, sendo 

presos várias cabeças. Outros fugiram para as matas do itapicuru, e 

aí um ourives, antônio João damasceno, reuniu grande número 

de malfeitores que infestaram, durante alguns meses, o interior da 

província. A ordem foi afinal restabelecida pela energia do comandante 

das armas, tenente-coronel inácio Correia de Vasconcelos.



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1833 — morre no rio de Janeiro o senador do império, marquês 

de Queluz (João severiano maciel da Costa). Nasceu na cidade de 

mariana (minas Gerais) em 1769 e, depois de haver estudado direito 

em Coimbra, foi magistrado em Portugal e no brasil. de 1809 a 

1817 governou a Guiana francesa (dessa administração fala Vignal, 

com grande louvor, no seu Coup d’oeil sur Cayenne, Paris, 1823). 

Em 1821, foi preso por alguns dias no rio de Janeiro, com outros 

brasileiros distintos, e o almirante Pinto Guedes, em consequência de 

uma denúncia de que procuravam induzir o povo a opor-se à partida do 

rei para Portugal. acompanhou dom João Vi até lisboa, mas as Cortes 

Constituintes proibiram a sua permanência na capital. Publicou, então, 

em Coimbra um folheto: “Apologia que dirige à nação portuguesa... João 

severiano maciel da Costa”. No mesmo ano, publicou a sua Memória 

sobre a necessidade de abolir a introdução dos escravos africanos no 

Brasil; sobre o modo e condições com que esta abolição se deve fazer, 

e sobre os meios de remediar a falta de braços que ela pode ocasionar 

(Coimbra, 1821). Em 1823, fez parte da assembleia Constituinte 

brasileira. Nomeado conselheiro do Estado a 13 de novembro do mesmo 

ano, foi um dos redatores da Constituição do império e teve assento no 

senado desde a organização dessa câmara em 1826, representando a 

província da Paraíba. Ocupou o cargo de ministro do império de 17 

de novembro de 1823 a 14 de outubro do ano seguinte, a presidência 

da bahia em 1825 e 1826, e foi ministro dos Negócios Estrangeiros 

e da fazenda de 16 de janeiro a 20 de novembro de 1827. de 1828 a 

1830 teve uma polêmica com o almirante barão do rio da Prata (Pinto 

Guedes) e publicou dois opúsculos anônimos. O marquês de Queluz foi 

um dos mais notáveis estadistas do reinado de dom Pedro i.



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