EfEméridEs brasilEiras


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Explicação

Em 1891, fundava o conselheiro rodolfo dantas, no rio de Janeiro, 

Jornal do Brasil. Para redatores e colaboradores da folha, tratou de 

reunir eminentes próceres do jornalismo e das letras nacionais, de maioria 

simpatizante com o regime político recentemente abolido, assim como 

o conselheiro. Joaquim Nabuco, sancho de barros Pimentel, Ulisses 

Viana e Pedro leão Veloso filho foram dos primeiros convocados, 

seguindo-se Constâncio alves, José Veríssimo, m. said ali e outros.

O Barão do Rio Branco, então residente em Paris, figurou entre os 

colaboradores da primeira hora. Em carta sem data, mas evidentemente 

dos princípios daquele ano, o barão escrevia ao visconde de Ourém, 

em londres, para desculpar-se do atraso em que se achava na 

correspondência entre ambos:

[...] Tenho estado muito atarefado, porque o conselheiro rodolfo dantas fundou no 

rio uma grande folha, e pediu-me muito que lhe desse um pequeno artigo diário, 

comemorando ou indicando os nossos principais acontecimentos históricos, isto é, 

uma espécie de Efemérides. foi preciso adiantar matéria, mandando-lhe logo com 

antecipação o trabalho de um mês, e gastar muito tempo em coordenar material para 

não reproduzir as complicações anteriores. Com esse hors d’oeuvre, ou acréscimo 

de trabalho, faltou-me tempo para tudo, até para dar andamento aos meus negócios 

particulares (arquivo do instituto Histórico, lata 147. doc. 3.410).


Obras dO barãO dO riO braNCO

24

Jornal do Brasil publicou o seu primeiro número em 9 de abril de 



1891, e nele começou a estampar as Efemérides brasileiras, relativas ao 

primeiro do mês, precedidas destas palavras da redação:

as efemérides pátrias, que começamos a publicar, são escritas pelo senhor 

barão do rio branco, cuja competência em coisas da história nacional tem 

sido posta a prova em trabalhos da especialidade. desde longos anos dedica-

se com afã aquele nosso compatriota a investigações desta natureza, no 

correr das quais se lhe têm deparado, nas relações dos autores, erros a 

corrigir, lacunas a preencher e reivindicações a sustentar para lustre e honra 

da pátria. As notas postas pelo incansável pesquisador à valiosa História 

da Guerra da Tríplice aliança por schneider bastariam a grangear para o 

senhor barão do rio branco o merecido renome que goza pela sua aturada 

aplicação a esta esfera de estudos, em que, aliás, temos a fortuna de contar 

outros cultores esmerados.

O senhor barão do rio branco mandar-nos-á, além das efemérides, narrações 

de feitos militares do Brasil. Aquelas e estas porão a nota às qualidades do 

eminente historiógrafo que, neste ramo, será colaborador assíduo desta folha. 

Em breve teremos adiantado a publicação, de maneira que possa referir-se aos 

sucessos memoráveis do dia em que for feita. E temos que os nossos leitores 

apreciarão no devido grau de estima este interessante trabalho, que representa 

sumo esforço, longa paciência e critério apurado.

das Efemérides brasileiras deu o Jornal do Brasil um primeiro 

volume, sem segundo, contendo as de 1

o

 de abril a 30 de setembro



1

as restantes, de outubro a dezembro, saíram na folha até o último 



dia do ano de 1891. do primeiro trimestre, nenhuma efeméride foi 

publicada; no entanto, o autor as redigira, e foram achadas em seus 

manuscritos, com as falhas adiante assinaladas.

Em meados de 1916, o doutor lauro müller, então ministro das 

relações Exteriores, ofereceu ao instituto Histórico, por intermédio 

de seu grande presidente, o conde de afonso Celso, os manuscritos das 



Efemérides brasileiras, encontrados entre os papéis que formavam o 

arquivo do barão do rio branco, adquirido pelo governo do brasil. 

O instituto, de posse desse precioso material que veio acompanhado 

1  


 

VillENEUVE, H. de. Tipografia do Jornal do Brasil. rio de Janeiro: biblioteca do Jornal do brasil, 

1892. p. 8. 378 pp.


EfEméridEs brasilEiras

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de cópia datilografada, teve pressa em recolhê-lo às páginas de sua 



notável revista; contudo, desde logo verificou a comissão encarregada 

do serviço da impressão que aos originais e cópia faltavam as efemérides 

referentes a 1

o

, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 



27, 28, e 29 de fevereiro – 19 dias – e as de todo o mês de março. se 

melhor examinasse, havia de verificar que faltava também a do dia 

10 de dezembro, o que lhe passou despercebido ou sem referência, 

quando a publicação saltou de 9 para 11 daquele mês.

a comissão do instituto tomou a si o encargo de completar a obra 

de rio branco, enchendo as lacunas dos meses de fevereiro e março 

supraindicadas. Fez trabalho próprio, sem recorrer à obra suplementar 

do barão, como era de bom conselho. rio branco foi certamente o mais 

objetivo dos escritores brasileiros.    afeito a trabalhos de erudição no 

campo da História da Geografia, as relações de tempo e de espaço 

constituíram preocupação dominante de seus trabalhos; eram como 

coordenadas de que não prescindia para situar os fatos que expunha, 

para dar-lhes expressão mais clara e mais conveniente. aliás, esse 

pendor lhe vem de seus primeiros escritos, das biografias militares, 

que escreveu quando ainda era estudante em são Paulo, acentuado 

mais tarde nas anotações a schneider e em toda a sua obra histórica 

posterior. Naquelas anotações, por exemplo, tratando da rendição dos 

paraguaios em Uruguaiana, compendiou as principais capitulações que 

se deram em território nacional ou em suas vizinhanças: a lista contém 

19 efemérides desse gênero, a começar pela de 2 de novembro de 1615, 

dos franceses no maranhão, e a terminar pela de 9 de maio de 1827, 

do regimento argentino do coronel Inácio Oribe às tropas do tenente-

coronel Calderon, depois general, em Cerro largo

2



além dessas efemérides, apresentadas no estilo próprio, as anotações 

contêm número sem conta de outras notícias que, muitas vezes quase 

sem  alteração,  ou  modificadas  apenas  para  manter  aquele  feitio, 

facilmente se reduzem a legítimas efemérides. Nesse sentido, é – pode-

se dizer – toda a obra de rio branco dispersa, avultada, sem par na 

bibliografia  nacional  –  a  Esquisse de l’Histoire du Brésil, as duas 

séries de memórias sobre as questões de fronteiras do amapá e das 

missões, o livro Dom Pedro II, por b. mossé, provadamente de sua 

2  

 

sCHNEidEr, l. História da Guerra da Tríplice Aliança, anotada por J. M. da Silva Paranhos. rio de 



Janeiro, 1875. pp. 229-231.

Obras dO barãO dO riO braNCO

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autoria, no qual há um resumo magistral da guerra com o Paraguai etc.



Em tais condições, extrair desse material adequado e propício o 

que faltava para completar o livro truncado era, parece, o recurso que 

se apresentava naturalmente, sobretudo quando a prata de casa a ser 

usada era do mais alto teor. Teria esse processo a vantagem, da maior 

importância, de integrar o livro de rio branco, com elementos que de 

pleno direito lhe pertenciam, o que era razão bastante para sua adoção, 

sem qualquer outra contribuição, embora valiosa.

Nessa conformidade, foi excluída das Efemérides toda colaboração 

estranha, substituída por matéria própria, recolhida pela maneira 

indicada. Com relação às efemérides de 10 de dezembro, omitidas na 

publicação, como se disse, foram restituídas ao texto, em cópia do 

Jornal do Brasil de 16 daquele mês de 1891.

de rigorosa colação do texto impresso com os originais manuscritos, 

sob a guarda do instituto Histórico, apurou-se que alguns trechos 

dos  manuscritos,  mesmo  várias  efemérides,  deixaram  de  figurar  na 

publicação; como não havia razão para os cortes, evidentemente mero 

descaso do copista, foram restituídos ao texto nos lugares que lhes 

competiam.  Desse  exame,  resultaram  muitas  retificações  de  datas, 

de nomes, de postos militares, entre outras. Por último, procedeu-

se a uma revisão geral do livro, de modo a apresentá-lo quanto 

possível isento de falhas e defeitos.

Não passe sem especial menção o proveitoso adminículo que 

para seu trabalho teve o revisor com a consulta das Efemérides 



nacionais, de Teixeira de melo, no exemplar que pertenceu a rio 

branco, todo ele referto de notas, correções e aditamentos, escritos 

por sua letra. Foi essa uma contribuição magnífica e um precioso 

guia que muitíssimo lhe facilitou a tarefa, com a indicação de fontes e 

o esclarecimento de dúvidas, que apareciam tanto nos originais quanto 

no texto impresso.

Assim, “revistas e aumentadas” saem agora à luz as Efemérides 

brasileiras, o livro mais popular e mais versado do barão do rio 

branco, em boa hora incluído na reedição de suas obras.

rodolfo Garcia


eFeMérides brasileiras

27

1

O

 DE jAnEiRO

1502  — descobrimento da baía do rio de Janeiro pela 

esquadrilha portuguesa de andré Gonçalves, na qual o célebre 

cosmógrafo  florentino  Américo  Vespúcio  tinha  o  comando  de 

um navio. Os descobridores não exploraram a baía e, por isso, 

acreditaram estar diante da foz de um rio, dando-lhe aquele nome. 

Os Tamoio chamavam-na de Iguaá-mbará (daí a Guanabara, de 

Jean de léry), de iguaá, “enseada do rio”, e mbará, o mesmo que 

pará, “mar”, e Nyteróy (origem do nome Niterói), de “y-i-terói, água 

que se esconde, dando-se naturalmente o metaplasmo da y-i em ny

donde Nyteroy”, diz batista Caetano.



1590  — Cristóvão de barros repele, na várzea do Potiipeba 

(ou Vasa barris), uma sortida do cacique mbaepeva, e, penetrando 

na cerca que este defendia, derrota completamente os índios. 

destes, ficaram mortos 1.600, e cativos 4.000. barros funda logo 

depois o forte e a cidade de são Cristóvão do rio de sergipe, na 

margem esquerda e perto da foz do Cotinguiba (então sergipe). 

Em  1595  ou  1596,  mudou-se  a  cidade  para  um  outeiro  junto  à 

foz do Puxim, e mais tarde para outra colina no Piramopama, 

afluente do Vasa barris.

1646 — Terminadas as obras da fortaleza do arraial Novo do bom 

Jesus, é ela inaugurada neste dia com uma salva de artilharia e festejos. 

Ficava entre a atual estrada do Caxangá e o Jiquiá, a leste e à pequena 

distância do engenho de bierboom (T’huys van Bierboom inde Partido), 

como se vê na Perfecte caerte der gelegentheyt van Olinda de Pharnambuco 

Mauritz stat ende t’Reciffo, desenhada por Cornelis Gojijath e gravada por 

Visscher, em 1648. O almirante lichthardt, em carta de 28 de fevereiro de 

1646, escreveu: “O inimigo construiu um forte perto do engenho de Willem 

bierboom, obra de uma légua (cerca de 6,6 km) do recife.” Calado

1

*

 (à 



p. 269) diz: “[...] Na Várzea, em um lugar superior à outra terra junta ao 

 *  


CaladO, frei manuel. O Valeroso Lucideno e o triunfo da liberdade na restauração de 

Pernambuco, publicado originalmente em lisboa, na Oficina de Paul Crasbeeck, em 1648. (N.E)

Obras dO barãO dO riO braNCO

28

engenho do bridão, quase uma légua em distância do arrecife.” E rafael 



de Jesus (à p. 389)

*

2



: “[...] uma eminência pegada ao engenho que se dizia 

do Bridão, uma légua do Arrecife.” Em Nieuhoff (à p. 154)

**

3

 lê-se: “Eles 



estavam ocupados em levantar, entre o engenho de bierbrom e a Casa de 

sobrado, uma fortaleza com paiol e quatro pequenos bastiões, em cada um 

dos quais seriam montadas três pegas de artilharia.”

1678 — morre no rio de Janeiro o jesuíta antonio de sá, célebre 

orador sagrado, nascido na mesma cidade a 26 de junho de 1620.



1680 — Em outro trabalho deste gênero, publicado em 1875, 

dissemos, com os nossos cronistas, que nesta data fora fundada a Colônia 

do sacramento. foi no dia 22 de janeiro (ver esta data) que dom manuel 

Lobo chegou à enseada de São Gabriel e deu começo a fundação desse 

estabelecimento português no rio da Prata.

1688 — morre em lisboa o general salvador Correia de sá e  

benevides

,

 nascido em 1594 na cidade do Rio de Janeiro, filho de Martim  



de sá e neto de salvador Correia de sá. Em 1625, com os reforços que 

levava do rio de Janeiro, concorreu para a defesa da vila do Espírito santo 

contra o ataque do almirante Piet Heyn; depois, esteve no assédio da bahia, 

até a capitulação dos holandeses. Nomeado por filipe iii almirante da costa 

do mar do sul e general das tropas destinadas a combater os Calchaqui 

em Tucumã, obteve várias vitórias, recebendo em uma delas 12 flechadas. 

aprisionou o cacique Pedro Chumaí (1634), submeteu a povoação de 

singuil e ganhou a batalha de Paclingasta (não Palingarta) em 1635. Esses 

feitos do ilustre guerreiro fluminense são citados confusamente por Moreri 

e constam de vários documentos da família sá, alguns dos quais publicados 

(baltasar lisboa, ii, 21), mas não aparecem nas resumidas e incompletas 

Crônicas de Tucumã, impressas até hoje. Três vezes salvador Correia 

governou a capitania do rio de Janeiro (de 19 de setembro de 1637 a 1643; 

de 16 de janeiro a 12 de maio de 1648; e de 4 de outubro de 1659 a 29 de 

*

   JEsUs, rafael de. O Castrioto Lusitano ou história da guerra entre o Brasil e a Holanda 



durante os anos de 1624 a 1654, terminada pela gloriosa restauração de Pernambuco e das 

capitanias confinantes. Nova edição segundo a de 1672, impressa em lisboa por Crasbeeck. 

(N.E.) 


** 

NiEUHOff, Johan. Memorável viagem marítima e terrestre ao Brasil. (s/d). (N.E.)



EfEméridEs brasilEiras

29

abril de 1662). Nos intervalos desses governos, comandou as esquadras 



que navegaram entre o rio de Janeiro e lisboa e, em 1648, dirigiu a 

expedição fluminense, que expulsou de Angola os holandeses (ver 12 de 

maio, 15 e 17 de agosto de 1648).

De 1659 a 1662, ficaram sujeitas à sua jurisdição as capitanias do Sul, e, 

estando em são Paulo, formou-se na cidade do rio de Janeiro um governo 

revolucionário (ver 8 de novembro de 1661), o qual conseguiu vencer 

no dia 10 de abril de 1662. Chamado a lisboa no ano seguinte, não 

tornou mais ao brasil. foi sepultado no convento dos Carmelitas 

descalços de lisboa, onde seus ossos jazem ao lado dos de alexandre 

de Gusmão, outro brasileiro ilustre.



1763 — Tomada da trincheira espanhola do arroio de santa 

bárbara (rio Grande do sul) pelo capitão francisco Pinto 

Bandeira, à frente de 230 dragões do Rio Grande e de aventureiros 

paulistas. O principal herói do dia foi o capitão miguel Pedroso 

leite, comandante da infantaria de são Paulo. a trincheira tinha 

sete peças, que foram transportadas para o forte do rio Pardo, e era 

defendida por 500 milicianos correntinos e muitos índios, sob o 

comando do tenente-coronel antonio Catani.

— morre na cidade do rio de Janeiro o general conde de 

bobadela, Gomes freire de andrada, um dos mais ilustres 

governadores da época colonial, amigo e protetor de José basílio 

da Gama. Nasceu em Jurumenha em 1688. Estava no terceiro 

ano de direito em Coimbra, quando deixou os estudos, para fazer 

as campanhas da Guerra da sucessão. desde 1733, exercia o 

governo do rio de Janeiro, a que foram reunidos posteriormente 

os das capitanias do Centro e do sul (ver 26 de julho de 1733).



1793 — morre em ambaca (angola) o poeta inácio José de 

alvarenga Peixoto, nascido no rio de Janeiro em 1748 (fevereiro), 

uma das vítimas da conspiração de 1789, em minas, para a 

independência do brasil.



1802 — Tomada do fortim de bela Vista, na margem esquerda 

do apa (Paraguai), pelo capitão francisco rodrigues do Prado, 



Obras dO barãO dO riO braNCO

30

comandante militar do distrito de miranda (mato Grosso).



1821  —  Adesão  do  Pará  à  revolução  do  Porto  para  o 

estabelecimento do governo constitucional.



1827  — O tenente-general marquês de barbacena assume, em 

santana do livramento, o comando do Exército brasileiro em operações 

contra o governo de buenos aires.

1828  — O corsário Federal Argentino (comandante fischer), 

fugindo de alguns navios brasileiros, bate em um casco perto da 

Ensenada e é incendiado pela sua guarnição.

1852 — Toma posse da presidência da província do amazonas 

o primeiro presidente nomeado para esse cargo, João batista de 

figueiredo Tenreiro aranha.

1865  — Prossegue o ataque de Paissandu pelos generais mena 

barreto (João Propício) e flores. as nossas tropas continuaram a ganhar 

terreno, conquistando novos quarteirões de casas (ver 31 de dezembro 

de 1864 e 2 de janeiro de 1865).



1869 — Ocupação da cidade de assunção pela brigada de infantaria 

do coronel Hermes da fonseca. a cidade estava deserta (ver 5 de janeiro).



1874 — inauguração do telégrafo submarino entre rio de Janeiro, 

bahia, Pernambuco e Pará (ver 22 de junho de 1874).



1880 — desordem na cidade do rio de Janeiro, opondo-se o povo 

ao pagamento do imposto de 20 réis sobre o preço das passagens nos 

bondes. A agitação e os conflitos duraram quatro dias.

2 DE jAnEiRO

1608 — dom francisco de sousa, nomeado em novembro do ano 

anterior governador-geral do sul do brasil, obtém nesta data os privilégios 



EfEméridEs brasilEiras

31

que haviam sido concedidos a Gabriel soares de sousa, para a exploração 



de minas. faleceu em são Paulo pouco depois (11 de junho de 1611).

1802 — Nascimento de antônio Correia seara (ver 23 de maio de 

1858).


1826 — O governo da república das Províncias Unidas do rio 

da Prata (depois Confederação argentina e, ultimamente

*

, república 



argentina) autoriza o corso contra os navios brasileiros. muitos dos 

corsários argentinos foram armados nos Estados Unidos, outros em 

buenos aires, em salado e na Patagônia. Eram tripulados e comandados 

por estrangeiros, como quase todos os navios de guerra argentinos. Eis 

a relação desses corsários, com a indicação dos que foram tomados ou 

destruídos : Sin Par, General Mancilla (queimado pela escuna Rio, a 

30 de dezembro de 1827), Vengadora Argentina, depois chamado Rayo 

Argentino,  e  finalmente  Cazador (soçobrou a 1

o

 de março de 1828, 



quando perseguido pelo brigue Caboclo), Presidente Bolívar, depois 

Vencedor de Ituzaingo, e Libertador Bolívar, General Brown (metido a 

pique pelo seu comandante, que se passou com a guarnição para uma 

presa; os tripulantes desta revoltaram-se e levaram o navio à Bahia), 

Bonairense, Estrella del Sur (tomado pela canhoneira Grenfell, a 20 de 

agosto de 1827), Esperanza (tomado pela corveta Maria Isabel, a 29 de 

novembro de 1827), Triunfo Argentino (perseguido, naufragou na 

banda Oriental, em julho de 1828), Profeta Bandarra (perseguido, 

deu  à  costa  em  Maldonado,  em  setembro  de  1826),  Rápido 

(capturado pela Paula, a 10 de setembro de 1827), Constante 

(perdeu-se na Patagônia (?), San-Martín,  Oriental Argentino 

(prisioneiros brasileiros a bordo levantaram-se e ficaram senhores 

do navio, a 21 de novembro de 1827), La Presidente, Florida (foi 

a pique, em 9 de outubro de 1827), General Brandzen (tomado e 

queimado pelo chefe brasileiro Norton, a 17 de junho de 1828), 

Pampero (tomado pela Isabel, a 15 de março de 1827), Bela 

Flor, Lavalleja (encalhou e perdeu-se, em julho de 1826), Niger 

(tomado pelo Caboclo, a 23 de março de 1828, foi incorporado 

à  esquadra  imperial),  Feliz  (tomado pelo Niger, a 24 de maio 

 * 


a partir de 1862. (N.E.)

Obras dO barãO dO riO braNCO

32

de 1828), Margarida (incendiou-se, a 28 de março de 1827, em 



santa Catarina), Federal, Peruano (tomado pelo Maria Isabel, a 

4 de julho de 1828), Cacique, Hijo de Julio (tomado pela Isabel, a 

9 de junho de 1827), Hijo de Mayo, Unión Argentina, depois Bravo 

Coronel Olavarria e, finalmente, Federal Argentino (queimado pela 

guarnição à aproximação dos brasileiros, em 1

o

 de janeiro de 1828), 



corveta Gobernador Dorrego (tomada pela Bertioga, a 24 de agosto 

de 1828), Colombiana, Empresa, Flor de Mayo, corveta Gaviota 

alguns lanchões. Os seguintes navios de guerra também andaram 

a corso pelas costas do brasil: corvetas Chacabuco e Ituzaingo

brigues Congreso (tomado e incendiado pelo chefe Norton, a 7 de 

dezembro de 1827), Patagones (tomado pelo Imperial Pedro, a 23 

de setembro de 1827) e General Rondeau, brigue-escuna Ocho de 

Febrero (tomado a 29 de maio, pela Bela-Maria, Grenfell e uma 

pequena canhoneira), escunas SarandíUnión (tomada a 10 de abril 

de 1827, pelo Maranhão), e Argentina.


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