EfEméridEs brasilEiras


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1784 — falecimento de frei José de santa rita durão, autor do poema 

Caramuru. Nasceu em Cata Preta, na aba oriental da serra do Caraça, à 

pequena distância de Inficionado, obra de quatro léguas (cerca de 26,5 km) ao 

norte da cidade de mariana (minas Gerais), e faleceu em lisboa, no hospício 

de Coleginho, pertencente ao convento da Graça, à rua dos Cavaleiros. Foi 

sepultado na igreja do mesmo hospício. inocêncio da silva presume que 

santa rita durão nascesse pelos anos de 1718 ou 1720, porque foi em 1738 

que professou na Ordem dos Eremitas de santo agostinho (Gracianos). Em 

1756, recebeu o grau de doutor em teologia na Universidade de Coimbra 

e, depois de ter visitado a Espanha e a itália, publicou em 1781 aquela sua 

epopeia do descobrimento, da colonização e das guerras do brasil contra 

as invasões estrangeiras nos séculos xVi e xVii. “Os sucessos do brasil 

não mereciam menos um poema que os da Índia [disse ele no prefácio do 



Caramuru]; incitou-me a escrever este o amor da pátria.”

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1799 — Nascimento de manuel Odorico mendes em são luís do 

maranhão. faleceu em londres a 17 de agosto de 1864.

1817 — morre na cidade do rio de Janeiro o marquês de aguiar, dom 

fernando José de Portugal e Castro. fora o governador da capitania da 

bahia (de 18 de abril de 1788 a 4 de setembro de 1801) e penúltimo vice-rei 

do brasil, com residência no rio de janeiro (de 14 de outubro de 1801 a 21 

de agosto de 1806). depois da chegada da família real em 1808, foi, desde 

10 de março, ministro do Reino, ficando também encarregado, desde 18 de 

janeiro de 1814, da pasta dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Exerceu 

este cargo até falecer. Na impressão régia da nossa capital, fez imprimir 

em 1810 e 1812 a sua tradução da Crítica e dos Ensaios morais, de Pope. 

morreu na maior pobreza. Nasceu em lisboa a 4 de dezembro de 1752.



1823  — Os piauienses, acaudilhados pelo brigadeiro manuel de 

sousa martins (depois visconde de Parnaíba) e seu irmão Joaquim de 

sousa martins, proclamam a independência e o império, e, depondo o 

governo que se opunha a esta mudança política, instalam uma junta, 

presidida pelo mesmo brigadeiro.

1827  — O Memorando da Marinha argentina, escrito pelo 

almirante brown, menciona o aprisionamento da escuna brasileira São 



José Americano perto de martín García, nesta data. deu-se na verdade a 

captura; no entanto, essa embarcação era uma chalupa mercante (ofício 

n

o

 63, de 28 de agosto, do presidente da Cisplatina, ao ministro da 



marinha), tripulada por um patrão e oito homens. O São José Americano 

conduzia pólvora para a divisão brasileira comandada por mariath, mas 

o patrão enganou-se e foi fundear à noite entre os navios da esquadrilha 

argentina.



1840 — O tenente-coronel francisco sérgio de Oliveira entra em 

Caxias, à frente de uma coluna de tropas do governo, libertando assim 

esta cidade, onde, desde 1

o

 de agosto do ano precedente, haviam os 



balaios praticado as maiores atrocidades. Era presidente da província 

e comandante das armas o então coronel alves de lima (depois barão, 

conde, marquês e duque de Caxias).


Obras dO barãO dO riO braNCO

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1855 — Chega ao rio de Janeiro o doutor domingos José Gonçalves 

de magalhães, encarregado de negócios do brasil em Turim, que vem 

apresentar ao imperador dom Pedro ii o seu poema “a Confederação 

dos Tamoios”.

25 DE jAnEiRO

1554  — Primeira missa na palhoça, que os jesuítas construíram 

em Piratininga e a que desde logo chamaram casa de são Paulo. Em 

torno dessa casa formou-se, com os índios dos arredores, a povoação 

de  São  Paulo  de  Piratininga,  elevada  à  vila  em  1557  e  à  cidade  em 

1711. Em 1560, foi reforçada com os moradores brancos e índios da 

vila de santo andré (borda do Campo), então extinta. desde 23 de abril 

de 1683, ficou sendo capital da capitania chamada primitivamente de 

são Vicente. foram 13 os jesuítas fundadores de são Paulo (um deles 

anchieta), sendo superior o padre manuel de Paiva.

1634 — Os holandeses da ilha de itamaracá são repelidos em 

iguaraçu por martim soares moreno e antônio filipe Camarão.



1640 — frei francisco dos santos e outros franciscanos 

desembarcam em santos e seguem para a então vila de são Paulo. 

Recolhendo-se  à  ermida  de  Santo  Agostinho,  ativam  a  construção 

de uma casa, para onde passam a 17 de abril deste ano. Em 1643, 

começaram a construir em outro local o convento de são francisco, 

onde em 1828 se estabeleceu a faculdade de direito.



1643 — antônio Teixeira de melo, que desde o dia 16 comandava 

as forças brasileiras no assédio de são luís do maranhão, retira-se com 

elas para o outeiro da Cruz, meia légua distante, junto ao córrego Coti-

mirim, hoje Cotim do barbosa (ver o dia seguinte).



1663 — regimento para os correios-mores, então criados no brasil. 

Nesse mesmo ano (19 de dezembro), foi nomeado correio-mor do rio 

de Janeiro o alferes Cavaleiro Pessoa.


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1817 — Ordem do dia do capitão-general marquês de alegrete, 

elogiando as tropas brasileiras (rio-grandenses e paulistas) que haviam 

ganho a batalha de Catalán (ver 4 de janeiro).



1875 — dá fundo em manaus o vapor inglês Amazonas, inaugurando 

a primeira linha de navegação a vapor entre liverpool e aquele porto.



1890 — Tratado assinado em montevidéu pelos representantes 

do governo provisório do brasil e pelos da república argentina, para 

a divisão do território contestado entre os dois países. a Câmara dos 

deputados, em sessão de 10 de agosto de 1891, negou aprovação desse 

tratado por 142 votos, contra 5.

26 DE jAnEiRO

1500 — Vicente Yañez Pinzón descobre um cabo, a que chamou de santa 

maria de la Consolación, e que parece ser o mesmo a que um ano depois 

(28 de agosto) andré Gonçalves e américo Vespúcio deram o nome de cabo 

de santo agostinho. O visconde de Porto seguro, porém, supõe que o cabo 

descoberto por Pinzón seja a ponta de mucuripe, na costa do Ceará. Pinzón foi 

seguindo para o norte, ao longo da costa, e assim descobriu a foz do amazonas

que denominou mar dulce, e o cabo de são Vicente, depois cabo de Orange.

1583 — morre na bahia a célebre Paraguaçu, Catarina Álvares, 

viúva de diogo Álvares, o Caramuru, falecido a 5 de outubro de 1557.



1618 — Carta régia nomeando martim de sá governador do rio de 

Janeiro (ver em 10 de agosto de 1632 as datas dos seus três governos).



1643  — Antônio  Teixeira  de  Melo,  à  frente  dos  maranhenses  e 

paraenses, derrota no outeiro da Cruz o capitão holandês Jacob Evers, 

que, com um corpo de índios, fora reconhecer a nossa posição (sobre o 

lugar do combate, ver 25 de janeiro). Evers ficou entre os mortos.



1646  —  Combate de Guaju. dom antônio filipe Camarão, 

entrincheirado com 650 homens junto a esse rio (divisa entre o rio 



Obras dO barãO dO riO braNCO

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Grande do Norte e Paraíba), repele seis ataques do comandante 



reinberg, que comandava mil holandeses e índios. O conselheiro baas 

acompanhava essa expedição.



1654 — Capitulação, assinada na “Campina do Taborda” (ver 24 

de janeiro), entre os comissários do mestre de campo general francisco 

barreto de meneses e os do supremo Conselho do recife e do general 

em chefe holandês. foram comissários do nosso lado o mestre de campo 

Vidal de Negreiros, o ouvidor francisco Álvares moreira e os capitães 

manuel Gonçalves Correia e afonso de albuquerque. do lado holandês, 

o conselheiro Gilbert de With, o presidente dos escabinos Huybrecht 

brest, o tenente-coronel van de Wall e o capitão Wouter van loo. as 

condições da capitulação foram aprovadas no mesmo dia pelo general 

barreto de meneses, pelo presidente schoonenborch e pelo tenente-

general siegemundt von schkoppe. Com estes assinou também o 

secretário do governo holandês, Hendrik Haeck. Por esta capitulação, 

comprometeram-se os holandeses a entregar não só recife e mauritzstad 

(santo antônio), mas também os fortes que ainda ocupavam na ilha de 

Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, ficando assim libertado 

o nosso território e terminada no brasil a guerra começada com as invasões 

de 1624 e de 1630. No dia seguinte, as nossas tropas ocuparam todos os 

fortes exteriores e a ilha de santo antônio, e no dia 28 o general barreto 

de meneses fez a sua entrada solene no recife. Esta é a capitulação mais 

importante que registra a história militar da américa do sul. No recife, 

cidade maurícia, em fortes exteriores e armazéns, foram encontrados 123 

canhões de bronze e 170 de ferro. Nos outros fortes, de que tomamos 

posse, desde itamaracá até o Ceará, havia 133 canhões. Total: 426.

1715 — Carta régia mandando aplicar certas somas à construção 

da fortaleza da lage, no rio de Janeiro, começada em 1713 por dom 

Francisco  de  Távora. Antes,  não  havia  aí  fortificação  alguma,  como 

por equívoco disse Porto seguro, ao descrever a entrada de duguay-

Trouin (12 de setembro de 1711). Também é inexato que Villegaignon 

houvesse ocupado antes essa pedra (ver 10 de novembro de 1555). Em 

1718, a fortaleza da lage não estava terminada, nem tinha artilharia. 

Em 1735 montava 10 peças de 24.



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1812 — falecimento do conde de linhares, dom rodrigo de sousa 

Coutinho, que, desde 10 de março de 1808, exercia no rio de Janeiro 

cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Nasceu em 

Chaves, a 4 de agosto de 1755. Tinha sido ministro de Portugal em 

Turim e exercido elevados empregos em lisboa. No rio de Janeiro, 

criou a academia militar, o arquivo militar e outras repartições, fundou 

uma fábrica de pólvora na lagoa de rodrigo de freitas, e mandou dar 

começo à fábrica de ferro do Ipanema.

1817 — incêndio da povoação de la Cruz, na margem direita do 

Uruguai, pelas tropas brasileiras do general Chagas santos.



1840 — O chefe legalista francisco dias Carneiro derrota em 

monteiro, perto de Parnaíba, o caudilho ruivo. No mesmo dia, o 

capitão antônio José da silva e sousa repele no bananal um ataque do 

caudilho Valério.



1842 — Combate do Passo do Camaquã, ou Passo de mendonça, 

em que o tenente-coronel francisco Pedro de abreu (depois barão do 

Jacuí) destroça completamente uma coluna de cavalaria, comandada 

por bento Gonçalves da silva, chefe da revolução rio-grandense.



1865  — Circular manifesto dirigida ao ministro das relações 

Exteriores da república argentina e ao corpo diplomático residente em 

buenos aires pelo enviado brasileiro, em missão especial, conselheiro 

Paranhos (depois visconde do rio branco), anunciando que, em 

consequência do apresamento do vapor Marquês de Olinda e da invasão 

de mato Grosso pelos paraguaios, o brasil aceitava a guerra, começada 

sem  prévia  declaração  pelo  ditador  Solano  López.  “À  vista  de  tantos 

atos de provocação (dizia esse documento), a responsabilidade da guerra 

sobrevinda entre o brasil e a república do Paraguai pesará exclusivamente 

sobre o governo de assunção. O governo de sua majestade repelirá pela 

força o agressor; mas, ressalvando, com a dignidade do império, os seus 

legítimos direitos, não confundirá a nação paraguaia com o governo que 

assim se expõe aos azares de uma guerra injusta, e saberá manter-se, como 

beligerante, dentro dos limites que lhe marcam a sua própria civilização 

e seus compromissos internacionais [...]”


Obras dO barãO dO riO braNCO

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1873 — falecimento da duquesa de bragança, dona amélia de 

leuchtenberg, segunda imperatriz do brasil. Nasceu em munique a 31 

de julho de 1812 e faleceu em Lisboa. Era filha do príncipe Eugênio de 

beauharnais, depois príncipe de leuchtenberg.

27 DE jAnEiRO

1625 — morre nos arredores de salvador, então sitiada pelas forças 

brasileiras, o padre fernão Cardim, provincial dos Jesuítas e reitor 

do colégio daquela cidade. missionou no brasil de 1583 a 1599 e de 

1604 até 1625, e foi mestre do padre antonio Vieira. a sua Narrativa 



epistolar de uma viagem e missão jesuítica é documento de alto valor 

para quantos estudam o brasil do século xVi.



1654 — Em consequência da capitulação assinada na véspera, os 

mestres de campo fernandes Vieira, Vidal de Negreiros e francisco de 

figueiroa tomam posse dos fortes e das baterias na ilha de santo antônio 

e em recife, e procedem ao desarmamento das tropas holandesas. 

“depois de desarmados os soldados e moradores holandeses (diz bacelar, 

“Relaçam &”, Lisboa, 1654), se misturaram com os nossos portugueses 

com uma familiaridade como se nunca entre eles houvera havido guerra, 

pela boa ordem que sobre isso deu o mestre de campo general debaixo 

de  um  bando  com  gravíssima  pena  a  quem  fizesse  qualquer  agravo  a 

morador, ou soldado dos rendidos” (ver o dia seguinte).



1849 — O capitão de artilharia alexandre Gomes de argolo ferrão 

(depois general e visconde de Itaparica), à frente de 200 homens de linha 

e da guarda nacional, ataca perto de Pasmado, ao sul do Tapiçuma, um 

troço de revolucionários de Pernambuco, que se tinham entrincheirado 

em alguns casebres, e apodera-se dessa posição.

1856 — Terceiro incêndio do teatro são Pedro de alcântara, no rio 

de Janeiro. O incêndio, começado depois da meia-noite de 26 para 27, 

destruiu completamente esse teatro (ver 12 de outubro de 1813).

1865 — Defesa da cidade do Jaguarão contra o ataque do chamado 

“exército de vanguarda da República Oriental”. as forças orientais, assim 


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intituladas, constavam de 1.500 homens de cavalaria, comandados pelo 



general basílio muñoz, que obedecia ao governo de montevidéu, então 

em guerra com o brasil. O segundo chefe da coluna invasora era o coronel 

Timóteo aparício. O coronel da Guarda Nacional, manuel Pereira Vargas, 

com 400 guardas nacionais dos n

os

 15 e 28 corpos provisórios de cavalaria, e 



94 guardas nacionais de infantaria, repeliu o ataque trazido pelos “blancos” 

orientais às 15h. As pequenas canhoneiras Apa e Cachoeira auxiliaram 

a defesa. Tivemos apenas dois mortos e quatro feridos; e o inimigo, seis 

mortos e 20 feridos. muñoz retirou-se durante a noite e no dia 28 evacuou o 

nosso território. O governo de montevidéu fez acreditar aos seus partidários 

que muñoz obtivera uma brilhante vitória no Jaguarão, e festejou-a, fazendo 

arrastar pelas ruas uma bandeira brasileira, que declarou ter sido tomada 

naquele combate. A Reforma Pacífica, principal órgão do partido “Blanco”, 

descreveu assim o ignóbil espetáculo que deram nas ruas de montevidéu, 

no dia 9 de fevereiro, os ministros do presidente aguirre: “O troféu, que 

nos enviou do teatro de suas façanhas o invicto general muñoz, passeou 

ontem pelas ruas humilhado ante o sol do nosso estandarte, e precedido 

de uma banda de música capitaneada pelo ministro da Guerra. a bandeira 

brasileira percorreu todos os pontos da linha e as casas dos nossos principais 

chefes, sendo arrastada à vista da esquadra inimiga [...] Na residência do 

general lamas se deteve a comitiva, e a reunião pediu que ele pisasse 

aquela bandeira de ignomínia, ludibrio do mundo culto e insígnia de uma 

corte de piratas. O general lamas pisou a bandeira, selando com este ato 

solene sua consagração à causa da pátria...” Onze dias depois, fugiam de 

montevidéu os autores dessa bárbara bacanal (ver 20 de fevereiro de 1865). 

O general a. diaz (do partido “blanco”) dá as seguintes informações sobre 

o inventado troféu: “[...] a parte do senhor muñoz sofreu uma considerável 

alteração, enriquecida com agregações notáveis, entre as quais figurou um 

estandarte da cavalaria brasileira, estampado, e em que aqueles momentos 

de exaltação, e com o objetivo de excitar as massas, foi exibido nas 

demonstrações mais informais e arrastado pelas ruas de montevidéu” (ver 

sobre outros troféus brasileiros, inventados pelos nossos vizinhos do Prata, 

o que dizemos ao tratar do dia 20 de fevereiro de 1827). O coronel Vargas, 

que teve a honra de defender a cidade do Jaguarão, morreu afogado, a 12 de 

dezembro de 1866, quando ia reunir-se ao 2

o

 corpo do Exército e atravessar 



a cavalo o rio ibicuí, no Passo do Catarina.

Obras dO barãO dO riO braNCO

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1868 — O general conde de Porto alegre deixa o comando do 2

o

 

corpo do Exército brasileiro no Paraguai e retira-se para o brasil. O 



general argolo passa do comando do 1

o

 para o do 2



o

 corpo, e Vitorino 

monteiro assume o comando do 1

o



28 DE jAnEiRO

1536 — Carta de confirmação da capitania de São Tomé, concedida 

por dom João iii a Pero de Góis. Ver 10 de março de 1534, 29 de 

fevereiro e 1

o

 de março de 1536.



1548 — Chegam ao porto de Pernambuco (recife) dois navios 

portugueses, armados em corso contra os mouros e os franceses 

e comandados pelo capitão Penteado. Em um deles, era soldado 

arcabuzeiro o alemão Hans staden, que se tornou célebre pela narração 

das suas aventuras no brasil, impressa em 1557 (ver 24 de novembro 

de 1549). Quarenta homens da guarnição desses navios, entre os quais 

staden, foram, a pedido do donatário da capitania, duarte Coelho, 

socorrer a vila de iguaraçu, cujos habitantes, dirigidos por afonso 

Gonçalves, puderam então obrigar à retirada os sitiantes.

1565 — Na freguesia de sé da bahia é batizado, neste dia, Vicente 

rodrigues Palha, frei Vicente do salvador, nascido em matuim. segundo 

Jaboatão, esse ato teve lugar em 1567, mas Capistrano de abreu corrige 

com bom fundamento a data: “Terminando seu livro (a História do 



Brasil) em 1627, diz frei Vicente do salvador que está com 63 anos, o 

que dá para o seu nascimento 1564; em tempos de observação cultural 

tão severa como aqueles, não é de crer que deixassem pagão por tanto 

tempo um menino. é portanto, razoável admitir que, em vez de 28 de 

janeiro de 1567, se deve ler de 1565; e, quanto ao dia do nascimento, 

talvez seja a 20 de dezembro de 1564, dia em que dedicou a severim de 

faria o livro, em cuja última página declara ter 63 anos” (Capistrano de 

abreu, in prefácio, na ed. da biblioteca Nacional, da História do Brasil

de frei Vicente do salvador). frei Vicente do salvador faleceu entre os 

anos de 1636 e 1639. 



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1631 — Jácome raimundo de Noronha parte de belém do Pará, 

com 13 canoas de guerra, a que se reúnem em Cametá 23 outras, e vai 

atacar os ingleses, que ocupavam o forte filipe, na margem esquerda do 

Amazonas, em frente à ilha de Tucujus (ver 1

o

 de março, data da tomada 



desse forte).

— irritados com a perda sofrida no dia 16, os holandeses de Olinda 

saíram em grande força e, neste dia e nos seguintes, até 31 de janeiro, 

escaramuçaram, sem resultado, com a gente do capitão Pedro Teixeira 

franco, que guardava o nosso posto de santo amaro.

1654 — Entrada solene do mestre de campo general francisco 

barreto de meneses no recife, depois da capitulação dos holandeses (ver 

26 e 27 de janeiro). À tarde, apresentou-se o general Barreto, seguido 

da cavalaria. saudado pela artilharia de todos os fortes e por descargas 

de  mosquetaria,  chegou  à  porta  da  cidade  Maurícia,  que  dava  para  a 

fortaleza das Cinco Pontas, e aí foi recebido pelo general von schkoppe 

e seu estado maior, todos a pé. “apeou-se também o nosso general para 

a cerimônia da recepção das chaves, que então teve lugar (diz o visconde 

de Porto seguro), quadro por certo digno de imortalizar para o futuro o 

pincel de algum artista brasileiro, como o da rendição de breda a spinola 

imortalizou a Velásquez. a pé prosseguiu barreto pela cidade, levando 

a sua direita o general vencido, e tratando a este, ainda depois, com a 

generosidade  e  política  que  costumam  os  valentes  [...]  Junto  à  ponte, 

entrou, por cortesia, em casa do mesmo general holandês. Encaminhou-

se logo ao recife, sendo na própria ponte recebido pelos do Conselho, 

em cujas casas passou a alojar-se.” Vidal de Negreiros foi encarregado de 

levar a dom João iV a notícia desta vitória (ver 18 de março).

1800 — falecimento de frei Gaspar da madre de deus (Gaspar Teixeira 

de azevedo), beneditino, autor das Memórias para a história da capitania 



de São Vicente. Nasceu em 1714, na fazenda de santana, perto da vila de 

são Vicente, e jaz na igreja do convento de são bento, de santos.



1808 — Carta régia abrindo os portos do brasil ao comércio direto 

com as nações amigas. foi assinado na bahia pelo príncipe regente dom 

João, depois rei dom João Vi.


Obras dO barãO dO riO braNCO

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1823 — Combate naval junto à foz do Paraguaçu. Uma esquadrilha 

portuguesa, de nove pequenos navios, bloqueava a entrada do rio. foi 

atacá-la o primeiro-tenente João francisco de Oliveira botas, saindo de 

itaparica com as canhoneiras Pedro I, do seu comando, e Dona Januária 

e Leopoldina, comandadas pelo primeiro-tenente boisson e pelo segundo-

tenente  André  Avelino  Pereira.  O  combate  durou  três  horas,  ficando 

interrompido em consequência de forte chuva e da cerração. durante estas, 

retiraram-se os navios portugueses (ver 30 de janeiro).



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