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- 12 DE fEVEREiRO 1637
- 13 DE fEVEREiRO 1544
- 14 DE fEVEREiRO 1630
1851 — Primeira presidência de augusto leverger (depois barão de melgaço) na província de mato Grosso. Obras dO barãO dO riO braNCO 114
1853 — falece em Ouro Preto dona maria Joaquina dorotéia de seixas, mais conhecida pelo nome de Marília de Dirceu, a quem imortalizaram os versos de Tomás antonio Gonzaga, uma das vítimas da Inconfidência Mineira. Contava 84 anos de idade, e foi sepultada nas catacumbas da matriz de antônio dias.
(província de Corrientes) e aí acampa. 1870 — falecimento do conselheiro José feliciano de Castilho, na cidade do rio de Janeiro. Nasceu em lisboa no dia 4 de março de 1812. Este erudito polígrafo português, depois de ter sido jornalista e membro da Câmara dos Deputados em sua pátria, fixou residência no rio de Janeiro em 1847. Entre nós, apareceu algumas vezes na imprensa, tomando parte brilhante nas discussões literárias e políticas. foi sempre desinteressado defensor de todas as causas generosas e humanitárias. a da abolição deveu-lhe grandes serviços. 12 DE fEVEREiRO 1637 — Carta régia que autoriza os ouvidores do brasil a tirarem devassa em crimes de morte. 1655 — João fernandes Vieira toma posse do governo da capitania da Paraíba, que exerce até agosto de 1657 (ver 10 de janeiro de 1681).
Valentim Tavares Cabral, que havia de governar por seis anos. 1682 — alvará criando no maranhão o contrato do estanco, que deu lugar à revolta de Beckmann, ou Bequimão, durante o governo de francisco de sá de menezes, que foi quem trouxe da corte o mesmo alvará (ver 24 de fevereiro). 1700 — morre no rio de Janeiro frei ricardo do Pilar, alemão EfEméridEs brasilEiras 115
natural de Colônia, pintor notável, que viveu mais de 30 anos no claustro de são bento desta capital. — Carta de antônio de albuquerque Coelho de Carvalho, governador e capitão-general do estado do maranhão, assinada de são luís, ao rei dom Pedro ii, dando conta da chegada ao Pará de uma canoa com quatro holandeses, habitantes da cidade de surinam, situada na costa do cabo do Norte, a oeste de Caiena, portadores de uma carta do governo daquela região. Esse documento é interessante pelo fato de revelar a amplitude da antiga capitania do cabo do Norte.
governador e capitão-general, dom luís de mascarenhas, depois conde d’alva, que governou até 1748. Com seu governo, foi extinto o predicamento de ser a capitania administrada por capitães-generais, sujeitando-a aos governadores e capitães-generais do rio de Janeiro (ver 9 de maio de 1748). 1761 — Tratado entre dom José i, rei de Portugal, e dom Carlos iii, rei da Espanha, assinado no Pardo, anulando o de 13 de janeiro de 1750, sobre os limites das conquistas, e mandando observar os anteriores.
Paraguai, pelos plenipotenciários José maria da silva Paranhos (depois visconde do rio branco) por parte do brasil, e general francisco solano lópez (depois ditador), por parte do Paraguai, para assegurar a liberdade de navegação sobre o rio Paraguai, não só ao brasil, mas também a todas as outras potências. 13 DE fEVEREiRO 1544 — Capitulação assinada em Valadolid, concedendo a francisco de Orellana o direito de explorar e povoar a margem do rio amazonas, “do lado esquerdo da embocadura, pela qual ides entrar, isto é, do lado do rio da Plata, sendo dentro dos limites da demarcação de sua majestade”. Obras dO barãO dO riO braNCO 116
1641 — Os Estados-Gerais da Holanda ordenam que dessa data por diante fossem os portugueses tratados como amigos. Um embaixador de dom João iV, aclamado rei de Portugal, acabava de ser recebido na Haia para negociar um armistício de 10 anos e uma aliança ofensiva e defensiva contra a Espanha (ver 12 de junho de 1641).
guerra começada pela revolução de 1 o de dezembro de 1640. a Espanha reconheceu então a independência de Portugal. Era regente deste último reino o príncipe dom Pedro, depois rei, com o nome de Pedro ii. 1798 — decreto nomeando governador do maranhão dom diogo de sousa Coutinho, depois conde do rio Pardo. — decreto nomeando dom João manuel de meneses governador da capitania de Goiás. 1827 — Ação do Vacacaí, citada como uma grande vitória argentina por alguns escritores do rio da Prata. Consistiu-se no seguinte: o tenente Marcelino Ferreira do Amaral, à frente de 70 milicianos de cavalaria, surpreendeu junto ao Vacacaí um destacamento argentino de cem homens, que fugiram, perdendo dois oficiais e 20 soldados, mortos durante o choque e a perseguição. acudiu, porém, o coronel lavalle, com 700 homens de cavalaria, e o tenente amaral retirou-se, incorporando-se ao seu comandante o major Gabriel Gomes lisboa, que apenas tinha 200 milicianos. Não podendo fazer frente a lavalle, prosseguiu lisboa na retirada, até reunir-se ao coronel bento manuel ribeiro, chefe da brigada a que pertencia. Nessa retirada tivemos dois mortos e três feridos. lavalle retrocedeu logo que avistou a coluna de bento manuel. 1835 — sucedendo a José Joaquim Geminiano de morais Navarro, toma posse do cargo de presidente da província de sergipe manuel ribeiro da silva lisboa. a 9 de março do ano seguinte substituiu-o bento de melo Pereira. 1840 — Os capitães Piauilino e ribeiro soares, com 500 homens (guardas nacionais e voluntários do Piauí), atacam as trincheiras da EfEméridEs brasilEiras 117
fazenda do sobradinho, perto de Pastos bons (maranhão), defendidas pelo caudilho Valério. O combate, iniciado às 11h, só terminou à tarde com a tomada dessas trincheiras. Os vencedores tiveram 46 mortos e 120 feridos, entrando no número dos prisioneiros o intrépido comandante Piauilino (ver o dia seguinte).
Goiana e itambé, em Pernambuco). O tenente-coronel feliciano antônio falcão (depois general) aí derrota uma coluna de revolucionários, dirigida pelo comandante-geral doutor Peixoto de brito. foi morto o caudilho João inácio ribeiro roma, quem entre os revoltosos tinha o posto de brigadeiro. Este combate, começado às 18h, terminou às 2h. Nele se distinguiram, entre outros oficiais, o capitão Hermenegildo Porto Carrero e o segundo-tenente Hermes da fonseca. 1866 — segunda presidência de augusto leverger (barão de melgaço) em mato Grosso. Teve por sucessor, a 2 de fevereiro do ano seguinte, José Vieira Couto de magalhães.
Carlos de Carvalho força a passagem das baterias de Curupaiti com os monitores Pará (primeiro-tenente Custódio de melo), Alagoas (primeiro-tenente mauriti) e Rio Grande (primeiro-tenente antônio Joaquim), incorporando-se aos encouraçados que, sob o comando do almirante inhaúma, estavam entre essas baterias e as de Humaitá. Os paraguaios ainda tinham 20 canhões em Curupaiti, mas apenas duas balas acertaram no Rio Grande. as canhoneiras Iguatemi e Ipiranga, dirigidas pelo chefe afonso de lima, responderam ao fogo do inimigo.
maurício Wanderley), senador pela província da bahia, onde nasceu, a 23 de outubro de 1815. sucedendo a francisco Gonçalves martins (depois visconde de são lourenço), presidiu a sua província natal desde 20 de setembro de 1852 até ser substituído por Álvaro Tibério de moncorvo lima, que se empossou a 23 de agosto de 1855. de 14 de junho de 1855 a 8 de outubro de 1856, ocupou a pasta da marinha, no gabinete de 6 de setembro de 1853, presidido pelo marquês de Paraná; Obras dO barãO dO riO braNCO 118
foi titular efetivo da pasta da marinha e interino da de Estrangeiros, no ministério de 16 de julho de 1868, presidido pelo visconde de itaboraí; no gabinete de 25 de junho de 1875, sob a presidência do duque de Caxias, passou da pasta de Estrangeiros para a da fazenda; e a 20 de agosto de 1885 formou um dos mais operosos gabinetes da monarquia, conservando-se no poder, apesar da tremenda crise por que passava o país (em consequência da campanha abolicionista e da questão militar), até 10 de março de 1888, em que subiu o ministério presidido pelo conselheiro João alfredo Correia de Oliveira.
do general Hendrick Corneliszoon loncq, que vinha interprender Pernambuco. Compunha-se dos navios seguintes (as palavras entre aspas são as traduções dos nomes neerlandeses e os algarismos indicam número de canhões): Amsterdam (42, com o pavilhão do general loncq, comandante em chefe da expedição), Hollandschen Thuyn (“Jardim Holandês”, 38, almirante ita, segundo comandante da esquadra), Princesse Aemilia (38, vice-almirante Van Trappen banckert), Uytrecht (35, contra-almirante melck meydt), Swol (24, commandeur Van Uytgeest), Faem (“fama”, 36), Salamander (36), Hollandia (34), Provintie Van Uytrecht (30), Swart Leeuwe (“leão Negro”, 24), Amersfoort (26), Overyssel (26), Geele Sonne (“sol amarelo”, 24), Fortuyn (10), Vergulde Valck (“falcão dourado”, 26),
(“Galeão Grande”, 20), Tertholen (28), Gulde Sonne (“sol dourado”, 20), Leeuwe (“leão”, 16), Swaen (“Cisne”, 22), Goude Leeuwe (“leão de Ouro”, 18), Neptunus (28), Eendracht van Dordrecht (“Concórdia de dordrecht”, 20), Munnickendam (33), Enchuysen (28), Groen-Wiif (“Hortelã”, 16), t’Wapen van Hoorn (“as armas de Hoorn”, 16), Jonghe Mauritius (“Jovem maurício”, 18), Groeninghen (32), Het Wapen van Nassauw (“as armas de Nassau”, 26), Omlandia (28), Graef Ernest (“Conde Ernesto”, 26), Matanza (20); patachos: Brack (“braco”, cão de caça, 14), Swart Ruyter (“Cavaleiro Negro”, 44), Eenhoorn (“Unicórnio”, 10) Voghel Phoenix (“Pássaro fênix”, 12), Halve Maen EfEméridEs brasilEiras 119
(“meia lua”, 14), Muyden (14), Moorinne (“moura”, 16), Post Pferdt (“Cavalo de posta”, 14); Meerminne van Zelandt (“sereia da zelândia”, 8), Eendracht van Derveer (“Concórdia de derweeren”, 14), Oragnie-
(“Cegonha”, 12), Vos (“raposa”, 14), Swaluwe (“andorinha”, 10), Otter (“lontra”, 14), Havick (“açor”, 12), Spaensch Fregat (“fragata Espanhola”, 10) e Kleyn Fortuyn ou Fransch Preysjen (“Pequena fortuna” ou “Presa francesa”, 3). Total de 56 naus e patachos (com 1.175 canhões, além de 13 pinaças armadas cada uma com quatro ou seis peças, o que elevava a 69 o número de velas e a 1.235 o de bocas de fogo). laet (iaerlick Verhael) e Netscher (les Hollandais au brésil) omitiram alguns desses navios. O pessoal compunha-se de mais de 7.280 homens, sendo 3.780 marinheiros e 3.050 e tantos soldados, estes últimos sob o comando do coronel diederick van Waerdenburch (algarismos de laet e do Bref Recit, que acompanha a gravura de Visscher, então publicada em amsterdam com o título De Stadt Olinda de Pharnambuco, verovert
a 11 de março, chegaram mais 665 soldados, com o tenente-coronel alexandre seton nos navios seguintes: Oragnien (34), Wassende Maen (“Crescente”, 22), Tiger (24), Sonne Bloem (“Girassol”, 16), Adam en Eva (16), Concórdia (14), Ouden St. Jan (“Velho são João”, 2), Diemen (14) e Ouden Oragnie-Boom (“Velha laranjeira”, 14). ao todo: nove navios com cerca de 180 canhões. Para se opor a esta formidável expedição, o general matias de albuquerque, chegado poucos meses antes (18 de outubro), dispunha apenas de 1.500 homens, sendo 160 de tropa regular (inclusive 27, que trouxera da Europa), 650 milicianos de Olinda e do recife, 300 de Paratibi, são lourenço e iguaraçu, duas companhias formadas com a gente do mar, e 200 índios do principal antônio filipe Camarão. Os únicos fortes eram os de são francisco da barra (16 canhões), sobre a ponta norte da muralha natural que forma o porto, e o de são Jorge (24 canhões), situado no local em que está hoje a igreja do Pilar (bairro do recife). O da barra, também chamado então de forte do mar ou da lage, fora terminado em 1614; o de são Jorge era um velho forte “fabricado mais para defender-se dos índios que das nações do norte”, diz o autor das Memórias diárias, e ficava fora da povoação do recife, que naquela época tinha apenas 150 casas e armazéns e uns 500 moradores. matias de albuquerque cercara com
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trincheiras e paliçadas essa povoação, acrescentara duas baterias ao forte de são Jorge, e começara também a proteger com trincheiras a então vila de Olinda, que contava 200 casas, cinco conventos, sete igrejas e obra de 2.700 habitantes. só as trincheiras do lado do mar estavam terminadas. Um forte, começado no istmo, tinha apenas prontos os alicerces. Na ilha de santo antônio, chamada antes de antônio Vaz, havia apenas o convento de franciscanos, algumas casas e um estaleiro. Na povoação do recife havia quatro peças; em Olinda, outras tantas. No poço, amarrou matias de albuquerque duas linhas, de oito navios cada uma, para serem incendiados quando o inimigo tentasse a entrada. Na barreta, postou um navio, armado com 10 peças. dos nossos 1.500 homens, 650 guarneciam os dois fortes e as trincheiras do recife e de Olinda, e os outros foram mandados para a praia do Pau Amarelo ou ficaram às ordens do general, para acudirem aos pontos ameaçados (ver o dia seguinte). 1636 — O capitão francisco rebelo, destacado de Porto Calvo com 400 homens, avança contra as trincheiras que os holandeses tinham na barra Grande. O comandante destas, Jan Taliban duynkercker, abandona-as precipitadamente, embarcando para serinhaém, onde estava acampado o seu general. O fogo dos navios inimigos apenas ocasionou a morte de um soldado nosso. rebelo, depois de incendiar os quartéis e destruir as trincheiras, voltou para Porto Calvo.
o comando de francisco Pedroso xavier (natural de Parnaíba, onde faleceu em 1679). Nessa ocasião, destruíram eles também as aldeias próximas, que eram são Pedro, Terecani, são francisco, ibirapajara, Candelária e santo andré mbaracaju. Quando regressavam, foram alcançados pelo sargento-mor Juan diaz de andino (com 400 soldados de cavalaria e mais de 600 índios), na serra de maracaju; no entanto, repeliram o ataque e chegaram a são Paulo com a presa realizada na incursão (quatro mil indígenas cativados, cavalgaduras e bens das igrejas saqueadas). Essa Vila Rica, destruída por Pedroso Xavier, ficava sobre a margem esquerda do Jejuí, no lugar chamado Tapuitá, território da atual república do Paraguai; não deve, pois, ser confundida com a primeira Vila Rica, que estava na foz do Corumbataí, afluente do Ivaí, território brasileiro, e que foi destruída pelos paulistas em 1632; esta EfEméridEs brasilEiras 121
era a Vila rica de Guairá, e aquela a Vila rica del Espírito santo. Os habitantes desta segunda Vila rica, que puderam escapar, transferiram- se para as vizinhanças de ajos e depois foram fundar a terceira Vila rica, que é a que ainda hoje existe com este nome no Paraguai. 1807 — deixa o governo da capitania do Ceará, no aracati, por ter sido nomeado capitão da primeira plana da corte, João Carlos augusto de Oeynhausen Gravenburg, depois governador de mato Grosso e de são Paulo, agraciado com o título de marquês do aracati, e senador do império.
se na banda Oriental as tropas brasileiras das portuguesas. O general Lecór, à frente do Exército brasileiro, sitiou Montevidéu, onde se achavam os portugueses comandados pelo general dom Álvaro de Macedo. Uma divisão naval às ordens do vice-almirante Pedro Antônio Nunes partiu do rio de Janeiro para bloquear montevidéu e repeliu a 23 de outubro de 1823 uma esquadrilha portuguesa. Por terra houve pequenas escaramuças. apertado por terra e por água pelas forças imperiais, dom Álvaro de macedo resolveu entrar em convenção no dia 18 de novembro, embarcando com suas tropas para Portugal. O general Lecór, à testa de um exército, fez sua entrada em Montevidéu a 14 de fevereiro de 1824. dom Pedro i já tinha sido aclamado imperador pelos povos da campanha, e desde então ficou a Banda Oriental formando uma das 19 províncias do novo império do brasil, sob a determinação de província Cisplatina.
posse da presidência de alagoas Cândido José de araújo Viana (depois marquês de sapucaí). foi o segundo depois da independência do brasil. a 1
o de janeiro do ano seguinte substituiu-o manuel antonio Galvão. 1834 — falecimento do visconde de alcântara (João inácio da Cunha), senador, conselheiro de Estado e duas vezes ministro no reinado de dom Pedro i (ocupou a pasta da Justiça nos gabinetes de 4 de dezembro de 1829 e de 5 de abril de 1831). Obras dO barãO dO riO braNCO 122
1839 — O governo revolucionário do rio Grande do sul (república rio-grandense) retira-se de Piratini, mudando a sua sede para Caçapava. 1840 — Segundo combate de Sobradinho (Maranhão). Os insurgentes (Balaios), destroçados no sangrento combate da véspera, tentam reconquistar as trincheiras perdidas e são repelidos pelo capitão ribeiro soares, perdendo 80 mortos. Os legalistas (guardas nacionais e voluntários do Piauí e alguns do maranhão) tiveram 19 mortos e 27 feridos, sendo dos primeiros o valente capitão bento José moreira, e três alferes.
presidência da província do rio de Janeiro Policarpo lopes de leão, que, a 3 de maio do ano seguinte, foi substituído por João Crispiniano soares.
província de minas Gerais e diretor da Estrada de ferro de dom Pedro ii. 15 DE fEVEREiRO 1502 — Os navios de andré Gonçalves e de américo Vespúcio, quem, por ordem do rei dom manuel, exploravam pela primeira vez o litoral brasileiro, do cabo de são roque para o sul, depois de terem descoberto o rio de Janeiro (a 1 o de janeiro), o porto de são Vicente (a 22 de janeiro) e outros lugares da costa, foram até o porto de Cananéia e aí deixaram o degredado bacharel Duarte Peres (“[...] um fidalgo português, chamado o bacharel duarte Peres [...]”, diz ruy diaz de Gusmán, em Argentina. liv. i. cap. Viii). de Cananéia, foram seguindo para o sul e detiveram-se em um porto, de onde saíram nesta data (15 de fevereiro). Segundo a carta de Vespúcio a Soderini, ficava este porto na altura de 32º (seria então o rio Grande do sul); no entanto, o barão de Humboldt, no seu magistral Examen critique, entende, pelas indicações astronômicas, que houve erro de impressão, e que Vespúcio estaria então aos 38º 10’ de latitude, isto é, um pouco ao sul do Cabo Corrientes, província de buenos aires. O visconde de Porto seguro (Am. Vesp.,
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de 32º, devia ser 37º (neste caso, a ponta medano, província de buenos aires). é impossível averiguar com exatidão este ponto; contudo, o que não sofre dúvida é que o douto Cândido mendes (Rev. do Inst. xi. p. 2, pp. 195 e segs) se enganou, afirmando que esses navios portugueses não passaram de Cananéia. No planisfério de Cantino (1502), está marcado e escrito o “cabbo de scta. Maria” e, portanto, fica perfeitamente justificada a suposição contida nas seguintes linhas de Porto Seguro (Hist. Ger. p. 83. v. I): “De Cananéia seguiu a flotilha para o Sul até o Cabo de santa maria, ao qual deu então talvez este nome, que pouco tempo depois encontramos dado também ao rio que hoje denominamos da Prata: porventura por haverem a ele chegado a 2 de fevereiro, dia da Purificação da Virgem [...]” O planisfério, a que nos referimos, foi feito em lisboa antes de 19 de novembro de 1502, porque essa é a data em que alberto Cantino escreveu a Ercole d’Este, duque de ferrara, anunciando a remessa. Na parte relativa ao nosso litoral, só poderia ter sido traçado segundo indicações de algum dos companheiros de viagem de Gonçalves e Vespúcio, chegados a lisboa no dia 7 de setembro desse ano. No planisfério de Cantino há um belo fac-símile, anexo à obra de Harrisse, Les Corte-Real; nele, já aparece, com o nome de Quaresma, a ilha depois chamada de fernando de Noronha, e que Porto seguro acreditava ter sido descoberta por são João no ano seguinte.
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