EfEméridEs brasilEiras


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1835 — revolta no recife contra o presidente da província de 

Pernambuco,  Manuel  de  Carvalho  Pais  de  Andrade.  À  frente  dos 

levantados estava francisco Carneiro machado rios. foram obrigados 

a abandonar os bairros do recife e de santo antônio pelas forças de 

terra,  que  se  conservaram  fiéis  ao  presidente,  e  pelos  destacamentos 

desembarcados do brigue-barca São Cristóvão (capitão-tenente a. 

Petra de bittencourt) e da escuna Vitória (ver o dia seguinte).



1836 — Um forte destacamento de tropas, apoiado pela barca 

Independência (segundo-tenente Gabriel ferreira da Cruz), derrota em 

Chapéu Virado os insurgentes do Pará.



1849 — O tenente-coronel francisco antônio de barros silva 

derrota em Currais (perto da vila do bonito), depois de um combate de 

cinco horas, os revolucionários de Pernambuco.

1882 — Começa a governar o gabinete liberal presidido pelo 

senador martinho Campos. sucedeu ao gabinete saraiva, do mesmo 

partido, e retirou-se seis meses depois, achando-se em minoria na 

Câmara dos deputados (ver 3 de julho de 1882).



22 DE jAnEiRO

1502 — andré Gonçalves e américo Vespúcio descobrem o porto, 

a que deram o nome de rio de são Vicente.



1532 — martim afonso de sousa, vindo do sul, e já reunido a seu 

irmão Pero lopes de sousa, que fora explorar o rio da Prata, chega 

ao porto de são Vicente. aí mandou logo construir uma casa, “para 

meter as velas e enxárcia”. “a todos nós pareceu tão bem esta terra”, 

escreveu Pero lopes de sousa, “que o capitão i

*

 (martim afonso) 



determinou de povoá-la e deu a todos os homens terras para fazerem 

fazendas”. fundou-se assim a vila de são Vicente, a mais antiga colônia 

portuguesa estabelecida no brasil. antes, tinham sido fundadas apenas 

6

 *



   Capitão i (irmão), forma com que Pero lopes de sousa se referia a martim afonso de sousa 

no Diário da Navegação, segundo Varnhagen (riHGb, xxiV, 1861, p.12). (N.E.)



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pequenas feitorias fortificadas: a de Cabo Frio, em 1504, por Américo 



Vespúcio; a do rio de Janeiro, pelo mesmo tempo, por Gonçalo Coelho 

(ambas destruídas, anos depois, pelos Tamoio); e a de Pernambuco 

(canal de itamaracá), estabelecida mais tarde. martim afonso reforçou 

com colonos a aldeia de Piratininga, dirigida por João ramalho, no 

lugar denominado Borda do Campo. Esta aldeia foi elevada à vila em 8 

de setembro de 1553, e extinta e incorporada em 1560 (carta de 20 de 

maio, de mem de sá) a são Paulo de Piratininga, fun dada pelos jesuítas 

em 1554 (ver 25 de janeiro), e elevada à vila em 5 de abril de 1557.



1565 — Estácio de sá parte de são Vicente, com a expedição que 

ia fundar a cidade do rio de Janeiro e expulsar os Tamoio e fran ceses. 

No mesmo dia, chega à ilha de São Sebastião e aí se detém.

1646 — Combate com os holandeses no aterro dos afogados, em 

que tomam parte, a princípio, Henrique dias com os seus pretos e, 

depois, alguns reforços trazidos por fernandes Vieira.

1647 — Vidal de Negreiros começa a bater o forte holandês da 

barreta (não no dia 2, como diz frei rafael de Jesus). Chegando reforços 

ao inimigo, suspendem os nossos o ataque no dia seguinte e afastam-se 

do lugar.



1654 — Vidal de Negreiros começa os aproches contra a fortaleza 

de frederik Hendrik ou Vijkhoek (Cinco Pontas) (ver o dia seguinte).



1676 — O sargento-mor manuel lopes Galvão ataca e queima uma 

aldeia fortificada dos pretos de Palmares (Alagoas).



1680 — dom manuel lobo, governador da capitania do rio de 

Janeiro, dá fundo na enseada fronteira às ilhas de São Gabriel (margem 

setentrional do rio da Prata), com cinco sumacas, uma das quais armada, 

que conduziam 200 homens do rio de Janeiro e de são Paulo. Começando 

a fortificar-se em uma ponta da costa, deu ao forte o nome de Sacramento, 

e à cidade, que esperava fundar, o de Lusitânia. O lugar ficou conhecido 

depois com o nome de Colônia do sacramento (ver 7 de agosto de 1680).


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1807 — Nascimento de andrade Neves, depois barão do Triunfo 

(ver 9 de janeiro de 1869).

1808 — Chega à Bahia a maior parte da esquadra que conduzia 

a família real portuguesa, a corte e o governo do reino. O príncipe 

regente dom João e a família real desembarcaram no dia 23. a 26 do 

mês seguinte prosseguiram em sua viagem para o rio de Janeiro, onde 

já haviam chegado algumas das princesas.

1820 — Batalha de Taquarembó, vencida pelo conde da Figueira, 

capitão-general da capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul

Esta batalha deu-se no território da banda Oriental do Uruguai, perto 

da nossa fronteira de Santana, e pôs termo à guerra que o governo do 

rio de Janeiro sustentava desde 1816 contra o general José Gervásio 

artigas, intitulado “Protetor dos Povos livres”, ditador da Confederação 

uruguaia, formada pelos gaúchos da banda Oriental, de Entre rios e 

de Corrientes, e pelos guaranis das missões de além-Uruguai. artigas 

mandara, sob o comando de ramírez, um pequeno exército contra 

Buenos Aires, e, à frente de outro, invadira pela terceira vez a capitania 

do rio Grande do sul, obrigando o general José de abreu (depois barão 

do Cerro largo) a recuar desde o ibirapuitã até o Passo do rosário, no 

santa maria (ver 17 de dezembro de 1819). Na margem esquerda deste 

rio, puderam o mencionado abreu e o general bento Correia da Câmara, 

que se lhe reuniu, resistir aos inva sores (ver 17 e 27 de dezembro de 

1819) até a chegada dos reforços que trazia de Porto alegre o conde 

da figueira. marchou então este no encalço do inimigo (11 de janeiro), 

que se retirava, e alcançou-o nas nascentes do Taquarembó. as forças 

brasileiras, que tomaram parte na ação, constavam apenas de 1.200 

homens, com duas peças (ofícios de 3 e 12 de janeiro, do conde da 

figueira ao ministro da Guerra) e não de quatro mil homens, como têm 

dito alguns escritores do rio da Prata. a cavalaria era formada quase 

toda de milicianos (mil e tantos homens dos esquadrões de milícias 

de Entre rios — nome que então tinha o distrito de alegrete, de Porto 

alegre e do rio Grande —, um esquadrão do regimento de dragões e 

uma partida de guerrilheiros); a infantaria (200 homens) pertencia ao 

regimento de santa Catarina. Os generais abreu e Câmara comandavam 

a cavalaria. artigas tinha 2.500 homens, com quatro peças (orientais, 


Obras dO barãO dO riO braNCO

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entrerrianos, correntinos e gua ranis de missões); contudo, segundo os 



prisioneiros, fugiu para mataojo, apenas começado o nosso ataque, 

deixando ao seu major-general, coronel andrés latorre, na direção da 

batalha. A derrota das suas tropas indisciplinadas foi completa: ficaram 

no campo de ação uns 500 mortos, entre os quais o coronel Pantaleón 

Sotelo e quatro oficiais, 505 prisioneiros (21 oficiais), toda artilharia, 

uma bandeira e cerca de seis mil cavalos e bois. O conde da figueira 

enviou duas colunas de cavalaria, sob o comando do general abreu e 

do tenente-coronel Joaquim José da silva, em perseguição ao inimigo, 

e do acampamento do rincón expediu o general Curado, no dia 4 de 

fevereiro, outra, comandada por bento manuel. artigas atravessou o 

Uruguai entre o salto Grande e o salto Chico, com 600 homens apenas, 

e foi para Curuzu Cuatiá. as tropas, enviadas contra o governo de 

Buenos Aires, unidas às de Santa Fé, ficaram vencedoras e entraram 

na capital ar gentina. Voltando, porém, dessa campanha, o seu lugar-

tenente ramírez revoltou-se contra ele, e, depois de vários combates, 

obrigou-o a re fugiar-se no Paraguai, onde o ditador francia o conservou 

preso (ver 23 de setembro de 1850).

1826 — O imperador dom Pedro i forma o senado do império, 

escolhendo os seus membros nas listas apresentadas pelo corpo eleitoral. 

foram estes os primeiros senadores que teve o brasil: Pará, Nabuco 

de araújo (depois barão de itapuã); maranhão, barão de alcântara e 

almeida da silva; Piauí, l. J. de Oliveira (depois barão de monte santo); 

Ceará, visconde (depois marquês) de aracati (Oeynhausen), rodrigues 

de Carvalho, Costa barros e mota Teixeira; rio Grande do Norte, 

albuquerque maranhão; Paraíba, visconde (depois marquês) de Queluz 

(maciel da Costa) e Carneiro da Cunha (Estêvão José); Pernambuco, 

visconde (depois marquês) de inhambupe, mairinck, araújo Gondim, 

barroso Pereira (bento), J. P. borges e J. J. de Carvalho); alagoas, 

visconde (depois marquês) de barbacena (Cal deira brant) e dom Nuno 

Eugênio de lossio e seiblitz; sergipe, mata bacelar; bahia, visconde 

(depois marquês) de Caravelas (J. J. Carneiro de Campos), visconde da 

Cachoeira (l. J. de Carvalho e melo), visconde (depois marquês) de 

Nazaré (Clemente ferreira frança), barão (depois visconde) de Cairu 

(J. da silva lisboa), barão (depois visconde) de Pedra branca (borges 

de barros) e f. Carneiro de Campos; Espírito santo, padre santos 



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Pinto; rio de Janeiro, visconde (depois marquês) de maricá (Pereira da 



fonseca), visconde (depois marquês) de Paranaguá (Vilela barbosa), 

visconde (depois marquês) de santo amaro (Álvares de almeida) 

e ferreira de aguiar; minas Gerais,  visconde (depois marquês) de 

baependi (Nogueira da Gama), visconde do fanado, depois marquês 

de sabará (silveira mendonça), barão (depois marquês) de Valença 

(Estêvão ribeiro de resende), barão (depois visconde) de Caeté 

(fonseca Vasconcelos), Tinoco da silva, ferreira da Câmara, furtado 

de mendonça, faria lobato, Gonçalves Gomide e monteiro de barros 

(marcos antônio); são Paulo,  dom José Caetano da silva Coutinho 

(bispo do rio de Janeiro), marquês de são João da Palma (dom francisco 

de assis mascarenhas), barão (depois visconde) de Congonhas do 

Campo (lucas a. monteiro de barros) e fernandes Pinheiro (depois 

visconde de são leopoldo); santa Catarina, l. rodrigues de andrade

rio Grande do sul,  Teixeira de bragança; Goiás,  barão do Pati do 

alferes, f. m. Gordilho Veloso de barbuda (depois visconde de lorena e 

marquês de Jacarepaguá); mato Grosso, visconde (depois marquês) da 

Vila real da Praia Grande (C. P. de miranda montenegro); Cisplatina, 

dom damaso antônio larrañaga (ver 4 de maio).



1835 — as forças que o presidente de Pernambuco havia reuni do 

na véspera derrotam na boa Vista os revoltosos que haviam tentado 

depô-lo (ver 21 de janeiro).

1846 — falecimento do visconde de itabaiana (manuel rodrigues 

Gameiro Pessoa), primeiro enviado extraordinário e ministro 

plenipotenciário que o brasil teve em londres.

23 DE jAnEiRO

1615 — O almirante holandês Joris van spilbergen desembarca 

com alguma tropa na margem ocidental da barra do Casqueiro e vai 

até a capela das Neves e ao engenho de schetz, de antuérpia, perto da 

vila de são Vicente. Quando voltava para bordo, foi hostilizado por 

emboscadas de colonos e índios. No dia 29, desembarcam de novo os 

holandeses e queimam o engenho (ver 31 de janeiro).



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1637 — Chega ao recife o príncipe maurício, conde de Nassau 

siegen, nomeado governador civil e militar do brasil holandês. Nascido 

a 17 de junho de 1604, no castelo de dielenbourg, faleceu em Cléves a 

20 de dezembro de 1679. Governou com muito brilho o brasil holandês 

até 6 de maio de 1644; alcançou vitórias, mas sofreu também um duro 

revés no ataque contra a bahia (ver 16 de abril, 25 de maio de 1638). ao 

partir, teve o desgosto de receber a notícia da expulsão dos holandeses 

do maranhão. Na ilha de antônio Vaz fundou mauritzstad, depois bairro 

de santo antônio, na cidade do recife. atraiu ao brasil os naturalistas 

Willem Piso e George marcgrav, o cosmógrafo ruyters, o matemático 

Cralitz, o poeta franz Plante, os pintores franz Post e a. van den 

Eckhout, e o arquiteto P. Post, que deixaram trabalhos notáveis; criou 

um observatório, proclamou a liberdade de cultos (algumas restrições 

foram feitas pouco depois, por ordem da metrópole) e obteve dos 

Estados-gerais a liberdade do comércio, ficando limitado o monopólio 

da  Companhia  das  Índias  Ocidentais  à  importação  dos  escravos  e  à 

exportação de madeiras de tinturaria.



1639 — O conde da Torre toma posse, na cidade da bahia, do cargo 

de governador-geral do Estado do brasil.



1648 — O general francisco barreto de meneses chega ao arraial 

Novo, tendo conseguido fugir do recife, onde era retido desde abril do 

ano anterior (ver 24 de janeiro de 1688).

1654 — atacados desde o dia 15 pelas tropas do general barreto 

de meneses, e tendo já perdido vários fortes exteriores, os holandeses, 

que defendiam mauritzstad e recife, obtêm uma suspensão de armas, 

para tratar da capitulação. O ajuste desta começou no dia seguinte (ver 

26 de janeiro).

1676 — O sargento-mor manuel lopes Galvão derrota um troço de 

pretos nas matas de Palmares (alagoas).



1823 — Entra na cidade da fortaleza, acompanhado de um corpo 

numeroso de milicianos e voluntários, o governo temporário do 

Ceará, organizado em icó. O capitão-mor José Pereira filgueiras era o 


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presidente deste governo e comandante das armas. foi então deposta a 



junta de governo eleita na capital a 17 de fevereiro de 1822.

1866 — O conselheiro de Estado Pimenta bueno (depois visconde 

e marquês de são Vicente) apresenta ao imperador dom Pedro ii cinco 

projetos para a abolição gradual da escravidão no brasil. “a ma téria é tão 

grave (dizia Pimenta bueno), que eu não teria ânimo de tomar a iniciativa 

como  senador,  sem  subordiná-la  previamente  à  sabedoria  de  vossa 

majestade imperial: temeria com razão contrariar as vistas do governo, 

ou criar novas dificuldades.” A iniciativa dessa reforma no Brasil coube 

ao  ilustre  estadista  Pimenta  Bueno,  e  não  à  Sociedade  Abolicionista 

francesa, como ainda ultimamente escre veu em Paris um compatriota 

nosso. Os abolicionistas franceses não formularam projeto algum; 

limitaram-se a dirigir a dom Pedro ii, seis meses depois dos projetos 

de Pimenta bueno, uma representação, pe dindo-lhe que promovesse a 

emancipação dos escravos no brasil (julho de 1866). O imperador já 

tinha recomendado ao presidente do Conselho (marquês de Olinda) que 

ouvisse o Conselho de Estado sobre os trabalhos de Pimenta bueno; 

no entanto, o chefe do gabinete, que era contrário à reforma, limitou-

se a consultar, por aviso reservadíssimo de 17 de fevereiro de 1866, a 

seção de justiça do Conselho de Estado sobre “a conveniência, ensejo 

e modo de apressar a extinção do cativeiro”, e a remeter o parecer da 

seção a todos os outros conselheiros. apesar da insistência do imperador, 

Olinda foi demorando a convocação do Conselho de Estado pleno. só 

no ano seguinte o novo ministério, presidido por zacarias de Góis e 

Vasconcelos, fez discutir no Conselho de Estado os projetos de Pimenta 

Bueno, cujas ideias capitais foram então aceitas, menos a da fixação de 

prazo para a abolição total. O projeto defendido no Parlamento em 1871 

pelo visconde do Rio Branco era com ligeiras modificações de forma, 

o mesmo que o Conselho de Estado redigira, fundindo em um os cinco 

projetos de Pimenta bueno. No Conselho de Estado, votaram a favor 

destes projetos, e para que se iniciasse no Parlamento a reforma depois 

de terminada a Guerra do Paraguai, os conselheiros visconde de abaeté, 

visconde de itaboraí, sousa franco, Eusébio de Queirós, visconde depois 

marquês de são Vicente (Pimenta bueno), sales Torres Homem (depois 

visconde de inhomirim), Nabuco de araújo, e Paranhos (depois visconde 

do rio branco). O visconde de Jequitinhonha opinou que se tratasse 



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imediatamente da questão. Votaram contra a reforma o marquês de Olinda 



e o barão (depois marquês) de muritiba. disse-se em 1871 — e tem sido 

muito repetido desde aí — que o visconde do rio branco, nas reuniões 

secretas do Conselho de Estado, fora oposto à reforma. As discussões 

do Conselho de Estado foram impressas depois, e esta publicação veio 

mostrar que aquele estadista defendera em 1871 as mesmas ideias que 

havia defendido em 1867 e 1868.



1875  — falecimento do marquês de sapucaí (Cândido José de 

araújo Viana). Nasceu em Congonhas do sabará a 15 de setembro 

de 1793 e faleceu no rio do Janeiro. Teve assento na assembleia 

Constituinte de 1823, na Câmara dos deputados de 1826 a 1839, e daí 

em diante no senado; foi presidente de alagoas e do maranhão, no 

reinado de dom Pedro i; ministro da fazenda de 23 de março de 1833 

a 2 de junho do ano seguinte; interino da Justiça, na mesma época; e 

ministro do império, de 23 de marco de 1841 a 20 de janeiro de 1843. 

Abandonou então as lutas da política, depois de ter figurado nelas em 

tempos agitados e difíceis, e dedicou-se somente aos trabalhos do 

Conselho de Estado e a passatempos literários, ao lado do imperador 

dom Pedro ii, que fora seu discípulo e muito o prezava. foi também 

professor das princesas dona isabel e dona leopoldina e, desde 1847, 

pre sidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.



24 DE jAnEiRO

1504 — Carta do dom manuel, fazendo doação a fernando 

de Noronha da “ilha de san Johan que ele hora novamente achou e 

descubryo cincoenta leguas alla mar da nossa terra de sancta Cruz

*

”. 



dessas palavras concluiu o visconde de Porto seguro que a ilha, depois 

chamada de Fernando de Noronha, fora descoberta por este fidalgo e 

provavelmente a 24 de junho de 1503 (dia de são João). Este seria o 

segundo descobrimento da ilha (novamente achada, diz a carta régia), 

e houve mesmo um terceiro, por Gonçalo Coelho e américo Vespúcio, 

que ali estiveram em agosto de 1503; contudo, em 1502 já havia sido 

7

 

*



   ilha de são João que ele ora achou e descobriu a 50 léguas (cerca de 330km) distante no mar 

da nossa terra de santa Cruz. (N.E.)



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descoberta, pois figura com o nome de Quaresma no planisfério que 



alberto Cantino fez construir em lisboa e a que se refere a sua carta de 

19 de novembro do mesmo ano, dirigida ao duque de ferrara. Um belo 

fac-símile desse planisfério acompanha a obra de Harrisse, Les Corte 

Real.

1506 — bula do papa Júlio ii, aprovando o Tratado de Tordesilhas 

(de 7 de junho de 1494), que estabeleceu o novo meridiano de demarcação 

entre as possessões portuguesas e espanholas. Esse meridiano deveria 

passar 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo o mundo 

em duas partes: os descobrimentos feitos no hemisfério ocidental 

pertenciam  a  Portugal;  os  do  oriental,  à  Castela. Tanto  os  espanhóis 

(estes em primeiro lugar), como os portugueses, ultrapassaram os 

limites desse tratado nos séculos xVi, xVii e xViii.



1583  — Combate naval no porto de santos, entre três galeões 

espanhóis, comandados por andrés igino, da esquadra de flores 

Váldez, e dois galeões e duas pinaças da marinha de Guerra inglesa, 

sob o comando de Edward fenton, depois um dos heróis na destruição 

da “invencível armada”. Os navios de fenton, que estavam fundeados, 

havia algum tempo, em Santos, largaram as amarras, depois de porfiado 

combate, e fizeram-se ao largo. Um dos galeões espanhóis foi a pique. 

1654 – Começam as conferências entre os comissários encarregados 

de ajustar as condições da capitulação proposta pelo general holandês e 

pelo supremo Conselho do recife. Essas conferências foram celebradas 

na “Campina do Taborda”, hoje Cabanga, entre a fortaleza das Cinco 

Pontas e afogados (ver 26 de janeiro).

1688 – morre em lisboa o general francisco barreto de meneses, 

nascido pelo ano de 1616, provavelmente em lima ou seus arredores, 

quando seu pai ocupava o cargo de governador de Callao, durante o 

governo  do  vice-rei,  o  príncipe  de  Esquilache,  seu  primo.  Era  filho 

natural de francisco barreto de meneses e de uma mulher principal 

daquela possessão espanhola. levado para Portugal, começou a servir 

em 1638, e fez as suas primeiras armas no Brasil em 1640, às ordens de 

luís barbalho. distinguiu-se, depois, muito, como capitão de cavalaria 



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e mestre de campo (coronel), nas campanhas da independência de 



Portugal. Por decreto de 12 de fevereiro de 1647, foi nomeado mestre de 

campo general e comandante do Exército de Pernambuco. Partiu para 

o brasil, mas foi ferido e aprisionado no mar pelo almirante banckert 

(abril de 1647). Conseguindo fugir da prisão do recife, apresentou-se no 

arraial Novo a 23 de janeiro de 1648, e no dia 16 de abril foi reconhecido 

como general em chefe e governador. Três dias depois, ganhava a 

primeira batalha dos Guararapes, e a 19 de fevereiro de 1649 a segunda. 

Continuou à frente das nossas tropas até a total expulsão dos holandeses 

(26 de janeiro de 1654). O general barreto de meneses foi governador 

de Pernambuco até 26 de março de 1657. de 18 de junho de 1657 a 

24 de junho de 1663, ocupou na bahia o alto cargo de governador-geral 

do brasil; depois, regressou a lisboa, onde foi conselheiro de Guerra e 

presidente da Junta do Comércio, companhia de navegação que dava as 

frotas da carreira do Brasil. Sua filha única teve o título de condessa do 

rio Grande e casou-se com lopo furtado de mendonça, quem por esse 

casamento recebeu do rei a mercê do mesmo título. foi este o comandante 

da esquadra portuguesa na batalha naval do cabo matapã (1717). O único 

retrato que se conhece do general barreto de meneses foi conservado, 

como o de outros heróis portugueses, por um príncipe estrangeiro: tem o 

número 1.020 na Galeria degli Uffizzi, em florença.



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