EfEméridEs brasilEiras


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1711  —  Combate de Garapu (na Guerra Civil chamada dos 

Mascates, em Pernambuco). O exército dos partidários de Olinda, ao 

mando de francisco Gil ribeiro, ataca o dos partidários do recife, 

comandado por Sebastião Pinheiro Camarão, e obriga-o a fugir à noite, 

passando a nado a lagoa de Garapu. Esse foi o último combate da guerra 

civil. O recife continuou sitiado pelos olindistas, e, com a chegada do 

novo governador, a 8 de outubro, os partidos rivais depuseram as armas.



1722 — morre na bahia o arcebispo dessa diocese, dom sebastião 

monteiro da Vide, nascido em 1643 em monforte, no alentejo. Este 

prelado publicou, em 1707, as Constituições do Arcebispado, aprovadas 

pelo sínodo diocesano da bahia, que foi o segundo reunido no brasil. 

O primeiro sínodo brasileiro reuniu-se na mesma cidade no tempo do 

bispo dom Pedro leitão, isto é, entre os anos de 1559 e 1575 (História 



geral do Brasil, i, 325).

1822 — Proclamação da Independência do Brasil por dom Pedro, 

então príncipe regente do mesmo reino. O príncipe voltava de santos, 

quando, junto ao ribeiro ipiranga, foi encontrado pelo sargento-mor de 

milícias antônio ramos Cordeiro e pelo correio Paulo bregaro, que 

lhe entregaram cartas e ofícios da princesa real dona leopoldina e do 

ministro José bonifácio, transmitindo as notícias trazidas de lisboa 

pelo navio Três Corações, que de lá partira a 3 de julho. soube então 

dom  Pedro  que  não  seria  aprovado  pelas  cortes  o  Ato  Adicional  à 

Constituição, proposto por fernandes Pinheiro (depois visconde de 

são leopoldo), antônio Carlos, Vilela barbosa (depois marquês de 

Paranaguá), lino Coutinho e araújo lima (depois marquês de Olinda), 

relativo à organização particular e autonôma do Reino do Brasil com 


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um governo e um Congresso especiais. as cortes haviam declarado 

nulo e írrito o decreto do príncipe, convocando procuradores-gerais das 

províncias, a fim de mandar responsabilizar e processar o ministério do 

rio de Janeiro e os membros da junta de são Paulo. foram as notícias 

das decisões de que demos conta (diz o visconde de Porto seguro, na 

sua História da Independência, manuscritos inéditos), tomadas em fim 

de junho pelas cortes, dos insultos atirados aos deputados brasileiros no 

recinto das mesmas cortes pelo público das galerias, e pela plebe nas 

ruas, que agora fizeram cogular todas as medidas. Tornava-se urgente 

responder a tais provocações, antes que os novos decretos chegassem 

transmitidos oficialmente. Dom Pedro não podia consentir que o seu 

primeiro-ministro fosse assim submetido a três ou quatro processos, por 

atos que haviam tido a sua aprovação, e que ele, príncipe, havia sido já o 

primeiro a justificar em cartas escritas a el-rei seu pai. Não podia admitir 

o início dessa era de perseguições e de castigos que as cortes queriam 

abrir no brasil. submeter-se a cumprir tais decretos seria desonrar-se, 

esquecendo o título que aceitara de defensor Perpétuo do brasil. Não 

era mais possível contemporizar, e, junto ao mesmo ribeiro ipiranga, 

no meio daquelas vastas campinas vizinhas da primitiva Piratininga, de 

João ramalho, lançou o brado de “independência ou morte!”, que logo 

repercutiu em toda a extensão do território brasileiro. assim, salvou 

dom Pedro o brasil, e tornou possível a união de todas as províncias, 

pondo-se à frente do movimento separatista. Foi pelas 16h30 que dom 

Pedro proclamou a independência. Com ele estavam, nesse momento, 

o padre Belchior Pinheiro de Oliveira, depois deputado à Constituinte, 

o secretário luís de saldanha da Gama (depois marquês de Taubaté), 

o secretário particular francisco Gomes da silva, o major francisco de 

Castro Canto e melo, o correio Paulo bregaro, dois criados particulares 

(João Carlota e João Carvalho) e a guarda de honra, assim composta: 

comandante, coronel antônio leite Pereira da Gama lobo; segundo 

comandante, capitão-mor manuel marcondes de Oliveira e melo (depois 

barão de Pindamonhangaba); sargento-mor domingos marcondes de 

andrade, tenente francisco bueno Garcia leme, miguel de Godoy 

moreira e Costa, manuel de Godoy moreira, adriano Gomes Vieira 

de almeida, manuel ribeiro do amaral, antônio marcondes Homem 

de melo, benedito Correia salgado (estes nove de Pindamonhangaba), 

francisco xavier de almeida, Vicente da Costa braga, fernando Gomes 


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Nogueira, João José lopes, rodrigo Gomes Vieira, bento Vieira de 

moura (estes seis de Taubaté), flávio antônio de melo (de Paraibuna), 

salvador leite ferraz (de mogi das Cruzes), José monteiro dos santos, 

Custódio leme barbosa (estes dois de Guaratinguetá), sargento-mor João 

ferreira de sousa (de areias), Cassiano Gomes Nogueira, floriano de sá 

rios, Joaquim José de sousa breves (estes três de são João marcos), 

sargento-mor antônio ramos Cordeiro, que acompanhara o correio 

bregaro, antônio Pereira leite, João da rocha Correia, david Gomes 

Jardim (estes quatro de resende), Eleutério Velho bezerra e antônio luís 

da Cunha (ambos da cidade do rio de Janeiro). O príncipe seguiu para 

a cidade de são Paulo, onde logo se espalhou notícia e começaram as 

demonstrações do entusiasmo popular.

— algumas forças portuguesas, saídas de salvador, tentam 

desembarcar no engenho de são João, e são repelidas por destacamentos 

das tropas estacionadas em Pirajá.

1836  — Primeira representação do Olgiato, de Gonçalves de 

magalhães, no rio de Janeiro.



1842 — inauguração dos trabalhos de construção do Hospício de 

Pedro ii, em razão da iniciativa e dos esforços de José Clemente Pereira.



1864  — O vapor de guerra oriental Villa del Salto, perseguido 

pela corveta brasileira Jequitinhonha, encalha perto de Paissandu e é 

incendiado pela própria guarnição.

1866 — bombardeamento feito pelos paraguaios sobre a parte do 

acampamento de Tuiuti, ocupada pela divisão do general argolo. foi 

respondido pelas nossas baterias.

1867 — Ficam abertas, desde este dia, à navegação estrangeira, o 

rio amazonas até a fronteira peruana, o Tocantins até Cametá, o Tapajós 

até santarém, o rio Negro até manaus, o madeira até borba, e o são 

francisco até Penedo. O decreto imperial de 7 de dezembro de 1866, que 

adotou esta sábia providência, foi referendado pelo conselheiro manuel 

Pinto de sousa dantas, ministro da agricultura, Comércio e Obras 



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Públicas no gabinete de 3 de agosto de 1866, presidido por zacarias de 

Góis e Vasconcelos (ver 7 de dezembro de 1866).



1868 — reconhecimento das baterias de angustura pelo almirante 

inhaúma. O encouraçado Silvado, do comandante José da Costa azevedo 

(barão do ladário), forçou duas vezes a passagem dessas baterias, subindo 

e descendo o rio. Três oficiais do Silvado foram feridos.



1877 — inauguração da estrada de ferro leopoldina.

1880 — inauguração do parque da aclamação no rio de Janeiro

em razão da inteligente iniciativa do conselheiro João alfredo Correia de 

Oliveira, quando ministro do império no gabinete de 7 de março de 1871.

1889 — Tratado de arbitramento, assinado em buenos aires, para a 

pronta solução das controvérsias de fronteiras entre o brasil e a república 

argentina, por decisão do presidente dos Estados Unidos da américa do 

Norte.


8 DE SETEMBRO

1558 — diogo de moura, que escapou do desastre de Cricaré (22 de 

maio) e que chegou com os derrotados ao Espírito santo, vence os índios 

que cercavam a Vila Nova. Esta povoação ficou tendo desde aí o nome 

de Vitória.



1633  — O capitão francisco de almeida mascarenhas ataca no 

Jaguari, vulgo maria farinha, o coronel von schkoppe, obriga-o a pôr-se 

em retirada e persegue-o até iguaraçu. Já perto dessa vila, é morto almeida 

mascarenhas, assumindo então o comando o capitão francisco duarte. 

durante a noite, os holandeses passam-se furtivamente para a ilha de 

itamaracá. Henrique dias recebe o seu segundo ferimento nesse combate.

— No mesmo dia, o capitão João Pais de melo repele um ataque 

dos holandeses na barra da Jangada.



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1743 e 1765 — No ano de 1743, nasceu neste dia, em Campos, 

azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco e depois bispo de Elvas 

(ver 12 de setembro de 1821); no ano de 1765, em são João d’el-rei, 

Nogueira da Gama, depois marquês de baependi (ver 15 de fevereiro 

de 1847).

1770  — O tenente Cândido xavier de Oliveira e sousa (depois 

general) começa a exploração dos campos de Guarapuava, já percorridos 

no século xVii pelos bandeirantes paulistas. No ano seguinte, são 

esses campos ocupados por outra expedição, sob o comando de afonso 

botelho de sampaio.

1796  — Nascimento do poeta José da Natividade saldanha, em 

Pernambuco.



1836 — falecimento, no rio de Janeiro, do senador marquês de 

Caravelas, José Joaquim Carneiro de Campos, um dos redatores da 

Constituição de 1824, por vezes ministro de Estado no reinado de dom 

Pedro i e membro da regência provisória, depois da abdicação. Nasceu 

na bahia a 4 de março de 1768.

1855 — é morto no assalto e na tomada de malakoff o tenente do 

1

o



 regimento de zuavos franceses Edmundo de Villeneuve, natural do 

Rio de Janeiro, primeiro oficial que penetrou naquela posição. Apesar 

de ferido dias antes, quis tomar parte nesse assalto. Era irmão do atual 

conde de Villeneuve, ultimamente ministro do brasil na bélgica.



1856 — morre no rio de Janeiro o senador marquês de Valença, 

Estevão ribeiro de resende, nascido em são João d’el-rei a 20 de 

julho de 1777.

9 DE SETEMBRO

1645 — Combate naval de Tamandaré (entre a esquadra portuguesa 

do capitão-mor Jerônimo serrão de Paiva, que nesse porto desembarcou 

no dia 28 de julho as tropas baianas, e a esquadra holandesa do almirante 


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lichthardt). a primeira, protegida por duas baterias construídas em 

terra, compunha-se de sete navios maiores e de patachos armados em 

guerra, na bahia, e de três caravelas e de quatro barcaças; a segunda 

era formada pelos navios Uytrecht, Ter Veer, Zeelandia, Overyssel, 



Zouterlandia  e Rhee, pela charrua Leyden, pelos iates Eenhoorn (a 

tradução é Unicorne, e não a que dá Porto seguro) e Spreeuw, além de 

algumas barcaças. a capitânea portuguesa foi tomada por abordagem, 

ficando Serrão de Paiva ferido e prisioneiro. Duas embarcações maiores 

e duas caravelas, que encalharam, puderam ser defendidas pelos fogos 

das baterias de terra; o navio conseguiu romper por entre o inimigo e 

chegar a salvador com a notícia da derrota; duas foram incendiadas 

pelos holandeses e três levadas por eles para o recife. serrão de Paiva 

era coronel de ordenanças e tinha o título de capitão-mor da armada, 

isto é, comandante da esquadra.



1647 — morre, em viagem do recife para a Holanda (partida a 

28 de agosto), o almirante Joost van Trappen banckert. seu cadáver, 

conduzido até a terra natal, foi sepultado na principal igreja de flessinga.

1820 — O município de lages é desanexado da capitania de são 

Paulo e incorporado à de Santa Catarina.



1827  — Um pequeno corsário argentino, o Profeta Bandarra

do comandante Cesar fournier, perseguido pela canhoneira Leal 



Paulistana, do comandante antônio Carlos ferreira, lança-se sobre a 

costa de maldonado e naufraga. a guarnição salvou-se.



10 DE SETEMBRO

1611  — lei de dom filipe iii reconhecendo, em princípio, a 

liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem 

aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando 

cativos de antropófagos. muitas e contraditórias foram as decisões sobre 

a questão da liberdade dos indígenas. a lei de 6 de junho de 1755 acabou 

com o cativeiro dos índios no brasil, mas as cartas régias de 13 de maio, 

de 5 de novembro e de 2 de dezembro de 1808, autorizando a guerra 


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contra os de são Paulo e de minas, determinaram que os prisioneiros 

ficassem em servidão por 15 anos. Finalmente, a lei de 27 de outubro 

de 1831 revogou estas cartas régias, libertou todos os índios que deviam 

ainda prestar serviços e colocou-os sob a proteção dos juízes de órfãos.



1633 — Chega ao arraial a notícia de haver entrado na Paraíba o 

capitão francisco de souto maior, com dois navios em que trazia 70 

soldados, tendo, antes de entrar naquela barra, pelejado com três navios 

inimigos, e somente com o seu, porque o outro não tinha artilharia 

(duarte de albuquerque, Memórias diárias).

1640 — O mestre de campo (coronel) luís barbalho bezerra ataca, 

às  6h  um  forte  holandês  no  rio  Real  e  toma-o  às  13h.  Os  cronistas 

portugueses, muito omissos sobre os acontecimentos de 1639 a 1644, 

não dão notícia dessa vitória. segundo um documento da biblioteca 

Nacional de madri (Sección de Ms. H, 23, fls. 600 e 601), Luís Barbalho 

teve 80 mortos, além de feridos, cujo número não é indicado, mas que 

deviam ser uns 200, a julgar pelo total de mortos, sendo, portanto, este 

um dos combates mais sangrentos da guerra contra os holandeses. Parece 

que a guarnição inimiga foi passada a espada, pois esse documento 

diz  que  ficaram  mortos  800  homens,  algarismo  sem  dúvida  muito 

exagerado. Por outros documentos que se guardam na Holanda, sabe-se 

que Luís Barbalho tinha às suas ordens uns 1.200 homens, com Martim 

soares moreno, Camarão, Vidal de Negreiros, João lopes barbalho, 

João de magalhães, dom francisco de moura e outros.



1765  — alvará permitindo aos navios portugueses navegarem 

livremente entre Portugal e Brasil, ficando isentos da obrigação de só o 

fazerem reunidos em frota.

1808 — Começa a ser publicada a Gazeta do Rio de Janeiro, impressa 

na impressão régia. a 14 de novembro de 1822, estampou pela primeira 

vez as armas brasileiras; a 31 de dezembro do mesmo ano deixou de 

circular, substituída pelo Diário do Governo.



1824  — O chefe de divisão david Jewett chega ao lamarão do 

Recife com duas fragatas e um brigue, reunindo-se à divisão de bloqueio 



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que ali deixara lorde Cochrane (uma fragata, uma corveta e uma escuna). 

Jewett assumiu o comando da força naval (ver 12 de setembro).



1825 — Toma posse da presidência da província de mato Grosso José 

saturnino da Costa Pereira, o primeiro que exerceu o cargo na província.



1827 — O corsário argentino Rápido, do comandante José maria 

Pinedo, é apresado pela fragata Paula, em que ia o chefe de divisão 

diogo Jorge de brito.

1836 — O coronel silva Tavares, depois visconde de serro alegre, 

é derrotado no seival por antônio Neto, um dos caudilhos da revolução 

rio-grandense. Um corpo de orientais, ao mando de Calengo, oficial do 

partido de Oribe, combateu em favor de Neto. foi neste combate que o 

então major Caldwell perdeu um braço.

1837  — O coronel bento Gonçalves da silva foge do forte do 

mar (salvador), onde estava prisioneiro, e volta a tomar a direção dos 

revolucionários rio-grandenses. durante a sua ausência, tinham estes 

proclamado a república e a independência do rio Grande do sul.



1839 — O major falcão, a pouca distância do itapicuru, bate as 

forças rebeldes do caudilho raimundo Gomes.



1840 — O major Ernesto Emiliano de medeiros derrota em mata 

Grande os rebeldes do caudilho Gavião.



1862 — morre em assunção, Paraguai, o ditador Carlos lópez, que 

em testamento deixou o governo a seu filho Francisco Solano López.



1865 — O general mitre, presidente da república argentina, e o 

conselheiro ferraz, nosso ministro da Guerra chegam ao acampamento 

dos aliados diante de Uruguaiana.

1872 — morre na cidade da bahia o senador francisco Gonçalves 

martins, visconde de são lourenço, nascido em rio fundo a 12 de 

março de 1807, um dos melhores administradores que teve a bahia e 


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chefe durante muitos anos do Partido Conservador naquela província. 

sob os seus auspícios apareceram na política zacarias de Góis e 

Vasconcelos, Nabuco e outros homens de talento, que foram dos mais 

ilustres estadistas de nossa terra. Por isso, dizia muitos anos depois, 

no senado, o velho visconde de são lourenço que ele tinha sabido 

criar águias. Por ocasião das revoltas de 1837, na bahia, e de 1848, em 

Pernambuco, prestou relevantes serviços, concorrendo poderosamente 

para a vitória da lei. ligou o seu nome a muitos dos melhoramentos 

introduzidos na bahia e foi ministro do império no gabinete rodrigues 

Torres (visconde de itaboraí), de 11 de maio de 1852.



11 DE SETEMBRO

1589 — a ilha das Cobras chamava-se ainda, em 1587, ilha da madeira 

“por se tirar dela muita”, diz Gabriel soares. alguns cronistas acrescentam 

que pertencia a um oleiro, João Gutierres, e que, a 11 de setembro de 1589, 

foi arrematada em praça pública de ausentes pelo mosteiro de são bento. 

Pelos dois primeiros frades beneditinos chegados ao rio de Janeiro em 1581 

(frei Pedro ferraz e frei João Porcalho) poderia ter sido arrematada, mas 

não pelo mosteiro, que ainda não existia. Esses dois religiosos ocupavam 

então provisoriamente a capela de Nossa senhora do Ó, no lugar em que 

foi construído depois o convento do Carmo, depois dependência do paço 

da Cidade. só a 25 de março de 1590 obtiveram por doação o “outeiro 

da  ermida  da  Conceição,  edificada  por Aleixo  Manuel,  o  velho”,  e  aí 

levantaram o mosteiro de são bento, que deu nova denominação ao morro. 

a primeira notícia certa que temos da ocupação da ilha das Cobras remonta 

ao primeiro governo do general sá e benevides, que aí fez construir o 

pequeno forte de santa margarida, terminado em março de 1641 (Revista 

do Instituto, V, 324). foi seu primeiro comandante o capitão artur de sá. 

Em 1711, por ocasião do ataque de duguay-Trouin, havia na ilha o mesmo 

forte de santa margarida com oito peças de ferro e um bateria de quatro 

peças do mesmo metal (Gazette de France, n

o

 9, de 1712). Comandava 



a ilha o capitão diogo barbosa leitão (ver 12 de setembro de 1711). Em 

1718, o forte tinha 26 peças; e o mesmo número em 1735. No ano seguinte, 

o ilustre brigadeiro José da silva Pais deu a planta para a nova fortaleza de 

São José, cuja construção só ficou terminada em 1761.



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1645  —  Francisco  Gomes  de  Melo,  à  frente  dos  voluntários 

paraibanos e de algumas tropas de Pernambuco, derrota, no campo 

do inhobim, o governador holandês da Paraíba, Paulo de linge. O 

inimigo teve, neste combate, 77 mortos. segundo o mapa de marcgrav, 

o Inhobim é um pequeno afluente da margem esquerda do Paraíba.

1646  — fernandes Vieira dirige, nesta data, uma carta a vários 

negociantes do recife, exagerando o número das forças brasileiras e 

mostrando-se disposto a combater, até a última extremidade, a dominação 

holandesa. “alegais [dizia ele] que somos vassalos da companhia; no 

entanto, quando houve jamais povo conquistado, tratado como vós, pior que 

os mais vis escravos? Quebramos as nossas cadeias e nenhuma obediência 

vos devemos mais. se não fora a esperança, que tínhamos, de que chegaria 

essa oportunidade, há muito que teríamos implorado o auxílio do rei da 

Espanha ou da frança, e, se eles não quisessem saber de nós, teríamos 

recorrido aos turcos e mouros... Não vos iludais, que não foi feito para vós 

o brasil. deus há de proteger as nossas armas, e, se morrermos perderemos 

as vidas em defesa da nossa santa religião e da liberdade [...]” é a esta carta, 

publicada por Nieuhoff (p. 112), que alguns cronistas modernos deram o 

nome de proclamação e a data de 23 de setembro.



1689  — Chega a belém, descendo da missão espanhola de são 

Joaquim dos Omáguas, o jesuíta padre samuel fritz.



1710 — Os franceses, comandados pelo capitão de fragata françois 

du Clerc, desembarcam na praia de Guaratiba e marcham para a cidade 

do rio de Janeiro (ver 19 de setembro).

1822 — Onze lanchões portugueses tentam desembarcar em itaparica. 

São repelidos por Antônio de Sousa Lima, à frente de 50 atiradores.



1823 — morre em Kensington, em londres, o redator e fundador 

do  Correio Braziliense, Hipólito José da Costa Pereira furtado de 

mendonça, nascido na Colônia do sacramento a 13 de agosto de 1774.

1827  — O brigue brasileiro Cacique, comandando pelo capitão 

de fragata George manson, é tomado, na altura de Pernambuco, pelo 



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brigue corsário argentino General Brandzen, do comandante de Kay. O 

Cacique saíra ao encontro do corsário; no entanto, no meio do combate, 

levantaram-se os marinheiros estrangeiros e tornaram, assim, impossível 

a resistência à abordagem do inimigo. Este corsário foi destruído no ano 

seguinte pelo chefe brasileiro Norton (ver 16 de junho de 1828).



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