EfEméridEs brasilEiras


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1654 — O general barreto de meneses dá começo, neste dia, ao 

ataque da fortaleza do Altenar. Levantava-se esta à margem esquerda do 

Capibaribe, entre santo amaro e boa Vista. Cumpre, porém, notar que, 

naquele tempo, o rio era nesse lugar muito mais largo do que hoje. Os 

holandeses evacuaram então o forte Juffrou de bruyn (bu raco) e dois 

outros na barreta. Os índios de diogo Camarão ocuparam logo estas 

duas últimas posições (ver 19 de janeiro).

1751 — Tratado pelo qual se regularam as instruções dos comissários 

encarregados da execução do Tratado de 13 de janeiro de 1750 e que 

deveriam passar à América do Sul. Essas instruções foram dadas em 

madri, assinadas pelos plenipotenciários visconde Tomás da silva 

Teles, de Portugal, e dom Josef de Carvajal y lancaster, da Espanha.

1774  — O general Vertiz, governador de buenos aires, que se 

dispunha a atacar o nosso forte do rio Pardo, ouvindo uma salva de 

artilharia e sabendo que naquele forte estava o governador do rio 

Grande do sul Gomes de sepúlveda (J. m. de figueiredo era o seu 

nome oficial então), começa na noite deste dia uma rápida retirada.

1808 — dão fundo na baía do rio de Janeiro as naus portuguesas 

Rainha de Portugal (chefe de divisão f. m. de souto maior), Príncipe 

do Brasil e Conde Dom Henrique, que, em consequência de um temporal 

no dia 9 de dezembro, se haviam separado dos outros navios da es quadra 

que conduzia para o brasil a corte portuguesa. a bordo da primeira dessas 

naus estavam algumas das princesas, que não quise ram desembarcar 

antes da chegada da rainha e do príncipe regente (ver 14 de janeiro e 7 de 

março de 1808).



Obras dO barãO dO riO braNCO

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1817 — O capitão Elias de Oliveira, cumprindo ordens do general 

Chagas Santos, transpõe o Uruguai à frente de 200 milicianos e derrota 

o destacamento que artigas tinha em são fernando (missões) (ver 19 

de janeiro).

1869 — morre em Humaitá, do ferimento recebido na batalha do 

itororó (8 de dezembro de 1868), o general Hilário maximiano antunes 

de Gurjão, nascido em belém do Pará a 21 de fevereiro de 1820. a 

assembleia Provincial do Pará decretou-lhe em 1870 uma estátua, já 

inaugurada em uma das praças de belém.

18 DE jAnEiRO

1567 — O governador-geral do brasil mem de sá entra na baía do 

rio de Janeiro com uma esquadrilha, composta de três galeões chegados 

de lisboa, sob o comando de Cristóvão de barros, dois outros navios 

de guerra, que cruzavam nas costas do brasil, e seis caravelões. Com o 

governador estava o segundo bispo do brasil dom Pedro leitão. mem 

de sá vinha reforçar seu sobrinho, capitão-mor Estácio de sá, que desde 

1565 guerreava contra os Tamoio e franceses, tendo estabe lecido, no 

lugar chamado depois Praia Vermelha, um campo entrinchei rado, a que 

dera o nome de Cidade de são sebastião (ver 20 de janeiro).

1636 — Batalha de Mata Redonda, entre as tropas ao general 

es panhol dom Luis de Rojas y Borja e as holandesas, comandadas 

pelo coronel polaco Arciszewsky (Mata Redonda fica em Porto Calvo 

e  à  margem  esquerda  do  Tatuamunha).  O  general  Rojas  chegara  a 

alagoas no dia 30 de novembro do ano anterior, trazendo um reforço 

de tropas portuguesas, espanholas e napolitanas, e sucedera a matias 

de albuquerque no comando do Exército de Pernambuco. Nesta  

ba talha, tendo dividido as suas forças, apenas apresentou 1.100 homens; 

arciszewsky comandava 1.300. O general rojas foi morto e as suas 

tropas retiraram-se para Porto Calvo, com a perda de uns 40 mortos (um 

general e quatro capitães), outros tantos feridos (três capitães), que não 

ficaram em poder do inimigo, 10 prisioneiros (entre eles, o sargento-

mor dos napolitanos, Heitor de la Calce) e uns 100 dispersos, que pouco 


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depois se reuniram. ao todo, eram uns 200 homens fora de com bate. 



Os holandeses tiveram 40 mortos (três oficiais) e 85 feridos, e ficaram 

senhores do campo de batalha; no entanto, longe de perseguirem os 

vencidos, retrocederam para Peripueira. aberta em Porto Calvo a 

cédula real de sucessão por manuel dias de andrada que aí comandava, 

verificou-se que, por morte de Rojas, passava o comando em chefe ao 

conde de bagnuoli, então acampado em santa luzia do Norte. a ba talha 

da mata redonda, conquanto fosse para os nossos um revés, em nada 

melhorou a situação dos holandeses; pelo contrário, perderam terreno 

com as operações de rojas. Quando ele chegou e antes da sua marcha, 

começada em 6 de janeiro, os holandeses ocupavam Porto Calvo, 

barra Grande e Peripueira, e as nossas tropas a lagoa do sul, tendo 

as avançadas no rio santo antônio mirim. Ganhamos terreno porque 

a nossa base de operações passou a ser Porto Calvo, abandonan do o 

inimigo essa posição no dia 12 de janeiro, e em fevereiro as de barra 

Grande e Peripueira. rojas e logo depois bagnuoli ganharam assim 

todo o território compreendido entre o santo antônio mirim e o Una.



1640 — alguns transportes que acompanhavam a armada do conde 

da Torre desembarcam na baía da Traição as tropas de Henri que dias e 

dom francisco de sousa. segundo documentos holandeses, estes dois 

chefes foram batidos pouco depois no Cunhaú por Charles Tourlon, que 

comandava mil homens, sendo ferido Henrique dias.

1817  — O capitão Elias de Oliveira passa o Uruguai, desaloja 

o destacamento inimigo de são fernando (missões) e em seguida 

incendeia a povoação de Concepción.

1827 — Combate naval do banco de Santa Ana (rio da Prata). 

a corveta Maceió (20 canhões), comandada pelo capitão de fragata 

frederico mariath, ao mesmo tempo comandante de uma divisão 

naval que deveria auxiliar a esquadrilha brasileira do Uruguai, estava 

fundeada com a escuna Dois de Dezembro (dois canhões), segundo-

tenente José Narciso de brum, entre os bancos de Playa Honda e de 

Santa Ana, cinco milhas abaixo de Martín García. Às 5h, foram estes 

dois navios atacados pelo almirante argentino brown, com os navios 

seguintes: escuna Sarandí, navio-chefe (nove canhões), brigue Balcarce 


Obras dO barãO dO riO braNCO

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(14 canhões), escunas Unión (10 canhões), Maldonado (nove canhões), 



Guanaco (oito canhões) e Pepa (dois canhões), sumaca Uruguai (nove 

canhões) e oito canhoneiras, montando uma peça cada uma. ao todo, 

15 navios e 69 canhões. ao cabo de uma hora de combate, retiraram-

se os navios argentinos em desordem e com a maior precipitação para 

Martín García. Às 7h, os brigues Caboclo (18 canhões, capitão-tenente 

J. inglis), Rio da Prata (12 canhões, primeiro-tenente J. lamego 

Costa) e Real João (sete canhões, segundo-tenente r. mackintosh) e 

as escunas Providência (cinco canhões, segundo-tenente a. leocádio 

do Couto), Conceição (quatro canhões, segundo-tenente Thomas 

Thompson) e Itaparica (um canhão, primeiro-tenente a. Petra de 

Bittencourt)  reuniram-se  à  Maceió  e  à  Dois de Dezembro.  Às  10h, 

voltou a esquadrilha ar gentina, e foi novamente repelida, retirando-se 

uma hora depois com avarias visíveis. Nesses dois combates, tivemos 

seis mortos e 10 feridos, sendo dos primeiros o guarda-marinha Tomé 

Justiniano Gonçalves, na tural de minas Gerais.

1844  — morre em Caçapava, onde comandava uma divisão de 

tropas do exército em operações, o brigadeiro filipe Néri de Oliveira. 

Como  oficial  subalterno,  distinguiu-se  na  guerra  da  Península,  e 

como oficial superior e comandante de cavalaria, em todas as nossas 

campanhas da banda Oriental e do rio Grande do sul, de 1816 a 1844.

1867 — falecimento do senador do império barão de Uruguaiana, 

Ângelo muniz da silva ferraz. Nasceu em Valença (bahia), em 1803, e 

faleceu em Petrópolis. foi presidente do Conselho e ministro da fazenda 

de 10 de agosto de 1859 a 2 de março de 1861 (ministério conservador) 

e ministro da Guerra, de 12 de maio de 1865 a 9 de outubro do ano 

seguinte (ministérios liberais do marquês de Olinda e de zacarias de 

Góis). Como ministro da Guerra, esteve no assédio de Uruguaiana (ver 

18 de setembro de 1865).



1869 — Ordem do dia do marechal Caxias, despedindo-se do 

exército, então acampado em assunção, e passando o comando ao 

general Guilherme xavier de sousa.


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19 DE jAnEiRO



1654 — rendição da fortaleza de altenar, atacada desde o dia 17 

(ver esta data) pelo general barreto de meneses. Era comandada pelo 

major berghen. Com esta posição, ganharam os nossos três bandeiras, 

10 canhões e 185 prisioneiros, segundo bacelar, ou 238, segundo frei 

rafael de Jesus (ver o dia seguinte).

1817 — Nascimento de augusto Teixeira de freitas, o grande 

jurisconsulto brasileiro, em Cachoeira (bahia).

— O general lecór (depois barão e visconde de laguna), em marcha 

para montevidéu, chega a Pando. Com a notícia da sua aproximação, o 

governador miguel barreiro, delegado do general artigas, saiu da praça, 

levando a guarnição, e dirigiu-se precipitadamente para Canelones. O 

cabildo, ou municipalidade, reuniu-se logo. a sala capitular e as vizinhanças 

do edifício estavam apinhadas de povo, filhos do país, cansados das tropelias 

exercidas pela soldadesca do ditador, e espanhóis, que supunham o governo 

do rio de Janeiro de mãos dadas com o de madri. discorreu-se largamente 

contra o despotismo de artigas e resolveu-se mandar em comissão ao general 

português o aguacil-mayor

5

*

 agustín Estrada e o vigário dámaso antonio 



Larrañaga. Regressando estes, reuniu-se novamente o cabildo, à tarde, e 

decidiu receber com toda a solenidade o general e as tropas libertadoras. 

O seguinte trecho da ata da reunião dá ideia da situação desgraçada a que 

chegara o país: “Que, correspondendo os desejos daquele augusto soberano 

aos dos votos públicos, com a segurança que o mesmo senhor general 

havia oferecido”, resolve o cabildo “se determinasse a entrega desta cidade 

e se admitisse a proteção que sua majestade fidelíssima (título dos reis de 

Portugal) por meio do mencionado senhor general Carlos f. lecór a essas 

miseráveis regiões, devastadas pela anarquia em que foram envolvidas 

pelo espaço de três anos” (cópias autênticas dessa segunda ata e da terceira, 

nunca publicadas, acompanham o ofício, datado de 5 de março, de lecór ao 

ministro da Guerra). Na noite do mesmo dia 19, o forte da ilha das ratas foi 

ocupado por um destacamento da marinha portuguesa (ver o dia seguinte).

5

 *



   aguazil-mor: funcionário da administração ou do judiciário.(N.E.) 

Obras dO barãO dO riO braNCO

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— O major Gama (depois general e barão de Saican), à frente da 



companhia de granadeiros de santa Catarina e de um destacamento de 

cavalaria (comandante luís Carvalho), derrota na margem direita do 

Uruguai, no Passo de itaqui, o capitão Vicente Tiraparé, das forças de 

artigas. ficou em poder dos nossos um canhão. Este pequeno com bate 

deu-se no lugar em que está hoje a povoação argentina de alvear.

— No mesmo dia, o general Chagas santos atravessa o Uruguai, 

perto da foz do aguapeí, para destruir as povoações de missões, 

ocupadas pelo inimigo, e o capitão Elias de Oliveira, que dias antes 

havia penetrado pelo Passo de são fernando (ver 17 de janeiro) reduz a 

cinzas a povoação de Concepción.



1841 — Ordem do dia do presidente e comandante das armas do 

maranhão, coronel luís alves de lima (depois marechal Caxias), 

anunciando a pacificação da província.

1865 — O chefe de esquadra reformado augusto leverger ocupa 

com guardas nacionais e voluntários o lugar denominado melgaço e 

começa a fortificá-lo, para proteger Cuiabá contra a invasão paraguaia.

— Circular do conselheiro Paranhos (depois visconde do rio 

branco), enviado brasileiro em missão especial no rio da Prata,  

de clarando que o governo do brasil reconhece o general flores como 

beligerante e que, em aliança com esse general, está em guerra contra 

o governo de montevidéu. as tropas do general flores já se haviam 

batido ao lado das nossas, em Paissandu.

1867  — Tomada da trincheira paraguaia da laguna Piris pelo 

general Jacinto machado bittencourt.



20 DE jAnEiRO

1501  — descobrimento da ilha de são sebastião por andré 

Gonçalves e américo Vespúcio.



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1567 — mem de sá, governador do brasil, ataca e toma a paliçada 

de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do rio de Janeiro, defendidas 

pelos Tamoio e por alguns franceses. O forte de Uruçu-mirim (Ibira- 



-guaçu-mirim, escreve frei Vicente do Salvador) ficava na praia, depois 

chamada  do  Flamengo,  junto  à  foz  do  ribeiro  Carioca,  hoje  Catete;  o 

outro, na ilha de Paranapucu, a que Thevet e léry chamavam ilha dos 

“margajeast”, isto é, dos maracajás ou mbaracajás (gatos), denominação 

dada pelos tamoios aos temiminós, aliados dos portugueses, que, em 

1554, depois de muitas guerras, emigraram para o Espírito santo, em 

embarcações de lá enviadas a pedido do jesuíta brás lourenço. a ilha de 

Paranapucu ficou depois conhecida com o nome de Ilha do Governador. O 

bispo do brasil, dom Pedro leitão, abençoou as tropas, quando seguiram 

para o ataque. Compunham-se elas principalmente de voluntários da 

bahia, de Porto seguro, do Espírito santo e de são Vicente (são Paulo), 

dos índios do principal martim afonso araribóia, e da gente que viera 

de lisboa nas esquadrilhas de Estácio de sá e Cristóvão de barros. No 

ataque de Uruçu-mirim (sem falar na perda dos índios aliados) tivemos 

“11 ou 12 mortos, entre os quais o de mais conta foi um Gaspar barbosa, 

capitão de mar e guerra e também da juris dição de Porto seguro, homem 

de grandes partes, de muito esforço e virtude [...]” (Vasc., “Chron.”, iii, § 

102), e foi ferido mortalmente o capitão-mor Estácio de sá (ibid, § 101), 

vindo a falecer um mês depois (ver 20 de fevereiro). Em Paranapucu, a 

resistência foi menor. mem de sá transferiu então para o morro, depois 

chamado do Castelo, o assento da Cidade de são sebastião do rio de 

Janeiro, que Estácio de sá estabelecera na Praia Vermelha, desembarcando 

ali no dia 28 de fevereiro ou no dia l

o

 de março de 1565. a chamada 



cidade não passava até então de um entrincheiramento, dentro do qual 

foram le vantadas palhoças e construída uma capela. Por armas, dera-lhe 

Estácio de sá um molho de setas.

1639 — Chega à Bahia a armada do conde da Torre (dom Fernando 

de mascarenhas), “do conselho de sua majestade, comendador das 

vilas do rosmaninhal e santiago da fonte arcada, capitão-general de 

mar e terra do Estado do brasil e das armadas marítimas que nele se 

acham”. O conde da Torre tomou posse do governo do brasil no dia 23. 

a expedição, que veio sob o seu comando, compunha-se de 26 galeões, 

urcas e outros navios de guerra, e uns 10 transportes. O general da 


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esquadra espanhola era dom Juan de la Vega bazán; o da portuguesa, 



dom rodrigo lobo. Estas esquadras, reforçadas com outros navios, 

foram as que sustentaram as quatro batalhas navais de 12, 13, 14 e 17 

de janeiro de 1640. Com o socorro que trouxe e as tropas que achou na 

bahia, só dispunha o conde da Torre de 2.500 homens (sua carta de 26 

de maio de 1639). depois, chegaram reforços das ilhas e, no dia 8 de 

outubro, 1.200 soldados voluntários do rio de Janeiro e de são Paulo, 

e cem índios.

1654  — ao anoitecer, os holandeses evacuaram os fortes Prins 

Willem (afogados) e os redutos Kijk en de Pot e steene reduit entre 

aquele forte e o frederik Hendrik (Cinco Pontas). O general schkoppe 

procurava concentrar assim as suas forças, para melhor defender os 

fortes e as trincheiras de santo antônio e do recife (ver 16, 17, 19, 23 

e 26 de janeiro).



1817 — Entrada solene do general Lecór em Montevidéu (ver o 

dia antecedente). Às 9h, o jovem major Manuel Marques de Sousa (ver 

21 de novembro de 1824), à frente de um esquadrão de voluntários do 

rio Grande e de outros de cavalaria da legião de são Paulo, fez alto 

junto às trincheiras da cidade. Às 11h, chegou o general Lecór, com as 

tropas portuguesas e brasileiras do seu comando. O síndico bianqui, 

ao entregar a chave da cidade, disse: “de acordo com a vontade do 

povo, de que somos representantes, entregamos a chave desta muito 



fiel, reconquistadora e benemérita cidade de são filipe e santiago de 

montevidéu ao muito alto e poderoso príncipe dom João VI, rei do 



Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, invocando a proteção 

de suas armas para esta província infeliz, certo de que sua majestade 

fidelíssima respeitará as nossas leis, usos e costumes, e esperando que, 

no caso de resolver sua majestade para o futuro a evacuação desta praça, 

devolverá ao cabildo estas chaves, que dele recebe.” O general, saudado 

como um libertador e acompanhado do seu secretário e conselheiro, 

o ex-ministro Nicolas Herrera, foi con duzido debaixo de pálio pelo 

cabildo até a catedral, onde assistiu a um Te-Deum. as tropas da coluna 

do general sebastião Pinto guarneceram a cidadela, as trincheiras e os 

fortes; as do general silveira acamparam a uma légua (cerca de 6,6 

km) da praça, cobrindo os subúrbios com os seus postos avançados; a 


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cavalaria de gaúchos, comandada por Frutuoso Rivera, estava à vista 



das nossas avançadas. segundo o inventário a que se procedeu, foram 

encontrados na praça e nos fortes da ilhas das ratas e do Cerro, caindo 

assim em nosso poder, 292 canhões (19 deles inservíveis), 23 morteiros, 

grande quantidade de munições, um brigue, que acabava de ser armado 

em guerra, e três balandras do arsenal. Em 9 de dezembro, dizia lópez 

de fermoso, em suas Notícias Diárias, escritas de montevidéu: “a 

praça tem 160 peças bem montadas de todos os calibres, 1.600 quintais 

(cerca de 23 toneladas e meia) de pólvora, 700 artilheiros, 800 libertos, 

mil cavaleiros do departamento de García, 200 cidadãos de Chuza, 

candeeiros prontos para iluminar todo o recinto e, enfim, todas aquelas 

precauções que o zelo infatigável inspira para defender-se da irrupção 

de invasores bárbaros.”

— O general francisco das Chagas santos acampa em la Cruz 

(margem direita do Uruguai), de onde destaca força para perseguir as de 

andresito artigas e destruir as povoações de índios que o reconheciam 

por chefe.



1823 — O general lecór, comandante em chefe das tropas brasileiras 

e orientais (estas últimas dirigidas por frutuoso rivera), as quais haviam 

reconhecido o império e a independência do brasil, declara bloqueada 

a cidade de montevidéu. Nesta praça estava o general dom Álvaro da 

Costa, com as tropas portuguesas que se conservavam fiéis a dom João 

Vi, alguma infantaria brasileira e cavalaria Oriental. manuel Oribe 

comandava esta última. O bloqueio marítimo só se tornou efetivo a 11 

de outubro (ver 21 e 24 de outubro e 18 de novembro).



1824 — Toma posse da presidência da província da bahia francisco 

Vicente Viana (depois barão do rio das Contas), o primeiro que exerceu 

esse cargo na província.

1828 — O general Gustavo brown, comandante em chefe interino 

do Exército brasileiro em operações no rio Grande do sul, entrega esse 

comando ao general visconde da laguna.

— O iate canhoneira Catalã é atacado na lagoa mirim por vários 



Obras dO barãO dO riO braNCO

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corsários argentinos. depois de enérgica resistência, o comandante do 



Catalã, segundo-tenente Junqueira, queima o seu navio e desembarca 

com a pequena guarnição.



1843 — Começa a governar o primeiro gabinete organizado 

por Carneiro leão (depois marquês de Paraná). Compunha-se de 

conservadores. sucedeu ao gabinete, também conservador, do marquês 

de Paranaguá, e demitiu-se no ano seguinte, subindo então ao poder 

o partido liberal com o gabinete almeida Torres (depois visconde de 

macaé), de 2 de fevereiro de 1844.



1857 — inauguração solene da sociedade Propagadora das belas 

artes do rio de Janeiro, fundada em 1856 pelo arquiteto bittencourt da 

silva (ver 23 de novembro de 1856).

21 DE jAnEiRO

1654 — Tomada do reduto Emília por Vidal de Negreiros, perto da 

fortaleza das Cinco Pontas. Esse reduto era comandado pelo capitão brinck.



1809 — No forte de Nova Coimbra (mato Grosso), falece neste dia o 

coronel de engenheiros ricardo franco de almeida serra, seu comandante 

e glorioso defensor em 1801 (ver 16 e 24 de setembro de 1801). alguns 

dos escritos deste distinto engenheiro militar têm sido publicados.



1817 — incêndio e destruição de Japeju (missões de além-Uruguai) 

pelas tropas do general Chagas santos, para vingar os incêndios e 

roubos praticados em nosso território pelos comandantes das forças de 

artigas, na invasão de 1816.



1828 — morre em lisboa o marquês de alegrete, nascido na 

mesma cidade a 20 de abril de 1775. foi capitão-general do rio Grande 

do sul (1814-1816) e comandou acidentalmente o Exército brasileiro 

do Quaraí, na batalha de Catalán (ver 13 de novembro de 1814, 4 de 

janeiro de 1817 e 19 de outubro de 1818).


EfEméridEs brasilEiras

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